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Guilherme Bono: “Comecei a pintar com a minha avó, quando eu era pequeno

Tatuagem se consolida como acessório fashion e movimenta um mercado que só cresce

Por muito tempo associada à rebeldia e à marginalidade, a tatuagem vem se consolidando cada vez mais como um acessório fashion. De tempos em tempos, os estilos se renovam, ganham novos adeptos e movimentam um mercado que não para de crescer. 

No primeiro trimestre deste ano, o segmento de tatuagem e body piercing registrou um aumento de 53,3%, comparado com o mesmo período de 2019. Os dados são do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Guilherme Bono, de Sumaré, é tatuador há nove anos, e acompanha de perto as mudanças no segmento e, principalmente, no perfil dos clientes. “Hoje, a tatuagem é uma espécie de acessório. As pessoas que fazem uma tattoo são motivadas pela estética. Querem algo bonito para marcar e valorizar o corpo”, comenta.

Especializado no estilo Fine Line (linha fina), Guilherme atende principalmente mulheres. “O público feminino é maioria entre os meus clientes. São mulheres de diferentes idades, estilos e profissões que nos procuram porque querem uma tatoo com traços mais delicados e exclusivos”, conta o tattoo artist.

Além de enfeitar uma parte do corpo, a tatuagem também funciona como uma demonstração de afeto. Frases, símbolos e desenhos em homenagem a filhos, pais e amigos estão entre os mais procurados no estúdio.

Com o interesse cada vez maior pelas tatoos, Guilherme ampliou seu estúdio. Recentemente passou a atender em um espaço mais amplo para oferecer mais comodidade aos clientes. 

O ambiente é clean e harmonioso. Na decoração, destaque para os quadros pintados pela avó, sua grande inspiração. “Comecei a pintar com a minha avó, quando eu era pequeno. Juntos, fazíamos várias pinturas a óleo. Daí surgiu a paixão pelos desenhos e pela pintura. Paixão que mais tarde evoluiu para a tatuagem”, comenta Guilherme. 

O segmento cresce e está cada vez mais organizado. E não apenas fisicamente. Muitos tatuadores encontram no MEI (Microempreendedor Individual) o caminho para trabalhar de maneira formal. De acordo com os dados levantados pelo Sebrae, em São Paulo, o número de novos MEIs que atuam no segmento cresceu 46% nos primeiros três meses deste ano, comparando com o mesmo período de 2019. 

Em Sumaré, de acordo com os dados do SEBRAE Aqui Sumaré, o setor de tatuagem e body piercing tem 58 profissionais cadastrados como MEIs. Os números são referentes até julho deste ano.


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