Vítima da tragédia de Capitólio dá nome a rua em Sumaré
Uma das vítimas da tragédia de Capitólio vai virar nome de rua em Sumaré, município onde Camila da Silva Machado morava com a família. A homenagem, proposta pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Willian Souza (PT), foi aprovada por unanimidade por meio do Projeto de Lei nº 32/2022, votado nesta terça-feira (29). Com a aprovação, antiga Rua 4 do Jardim Santa Júlia passa a se chamar Rua Camila da Silva Machado.
A jovem de 18 anos foi uma das vítimas fatais da queda de uma rocha na região dos cânions em Capitólio, no Sul de Minas Gerais, no dia 8 de janeiro deste ano. O paredão de pedras se desprendeu a caiu sobre a lancha onde estava Camila e mais três moradores de Sumaré: Maycon Douglas de Osti, namorado de Camila; Carmem Pinheiro da Silva, mãe de Camila; e Geovany Teixeira da Silva, namorado de Carmem. No total, dez pessoas morreram no acidente. A tragédia chocou o país e resultou na suspensão das atividades turísticas em Capitólio. Os passeios de lancha no local foram retomados nesta quarta-feira (30), seguindo regras de segurança mais rígidas.
Camila nasceu em Paulínia, no dia 23 de abril de 2003, e morava com a família no Jardim Nova Terra, em Sumaré. “Nosso mandato está atuando para que todas as vítimas que moravam em Sumaré sejam homenageadas com nomes de ruas. Os outros projetos de lei ainda dependem de pareceres, mas serão votados em breve”, prometeu Willian Souza.
“Desde criança, Camila foi uma pessoa alegre e meiga, tornando-se uma mulher contagiante, de brilhos nos olhos, cheia de planos e que levava felicidade por onde passava”, descreveu o vereador na justificativa do projeto.
Prefeitura de Capitólio reabre cânions do Lago de Furnas após desabamento
A prefeitura de Capitólio (MG) anunciou a reabertura parcial dos cânions do Lago de Furnas. O decreto com a decisão foi assinado no dia 23 de março e passou a valer na quarta-feira (30).
Os cânions estavam interditados desde 8 de janeiro, quando houve o desabamento de uma pedra no local que atingiu algumas lanchas e deixou dez mortos, inclusive três moradores de Sumaré: Carmem Pinheiro da Silva, 43, a filha dela Camila da Silva Carvalho, 18, e o namorado de Camila, Maycon Douglas da Osti, 24. Os três foram enterrados no Cemitério da Saudade, em Sumaré.
O namorado de Carmem, Geovany Teixeira da Silva, 38, foi sepultado em Minas Gerais, ao lado do filho de 14 anos, Geovany Gabriel Oliveira da Silva. Também morreram os pais de Geovany, Sebastião Teixeira da Silva, 64, e Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57, também enterrados em Minas.
Segundo a prefeitura, a liberação dos cânions, uma importante atração turística local, segue recomendações apresentadas por estudos geológicos e por inquérito da Polícia Civil. Pelo decreto, o retorno de turistas ao local deverá ocorrer de forma controlada, com redução de fluxo, respeitando limites de distanciamento dos paredões e a entrada das embarcações no atrativo.
Entre as medidas obrigatórias a serem adotadas, estão a análise diária para avaliação geológica do atrativo; apresentação do termo de anuência e aceite assinado por todos os passageiros da embarcação, contendo orientações expressas sobre as novas regras de visitação; uso de capacete de proteção e colete salva-vidas em todo o circuito dos cânions; interrupção dos passeios em qualquer ponto dentro do cânion em caso de chuvas e/ ou verificação de algum tipo de deslocamento ou movimentação de blocos rochosos ou de solo e delimitação de circuito das embarcações para que a visitação ocorra de forma rotativa.
O inquérito da Polícia Civil, apresentado no dia 4 de março, concluiu que o ocorrido foi um desastre natural, sem culpados.
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