Agnaldo compara que Perugini dedicou a maior parte do seu tempo para Hortolândia do que aos pais, irmãos e familiares, em Jacutinga (MG), sua cidade natal. “Ele se empenhou 40 anos, dos seus 65 vividos, na luta para transformar a vida das pessoas que moram em Hortolândia.

Acreditou na cidade, quando muitos desacreditavam”, observa o presidente do Instituto.

Angelo Augusto Perugini nasceu, dia 06 de abril de 1955, em Jacutinga (MG). O professor e ex-seminarista estudou Teologia, Letras e Filosofia. Foi casado com a ex-deputada federal e estadual Ana Lúcia Lippaus e deixou três filhas: Mariana, Angela e Tainá.

Perugini chegou em Hortolândia, em 1981, quando o município pertencia à Sumaré. Desde então, se uniu ao povo na construção da história da 

cidade. Era luta por água, terra, moradia, esgoto, asfalto, ônibus, escola.

O então seminarista tornou-se, em pouco tempo, liderança de movimentos populares, o principal deles o MST (Movimento Sem Terra). Fundou o PT (Partido dos Trabalhadores), em 1981, onde militou por 36 anos. Deixou o partido em 2016.

Foi vereador de Sumaré (1989 a 1992), elegeu-se vice-prefeito (1997 a 2000), deputado (2014) e eleito prefeito por quatro vezes (2005 a 2008; 2009 a 2012; 2017 a 2020; 2021 a 2024).

Perugini contava que deixou a casa dos pais, em Jacutinga, com pouco mais de 10 anos para se dedicar ao sacerdócio. Passou pelos seminários de Pouso Alegre (MG) e Taubaté (Vale do Paraíba), onde cursou Teologia.

Quando concluiu o curso foi para Crateús (CE), em 1978, onde, como seminarista, desenvolveu vários trabalhos junto às pastorais sociais. Lá morava numa favela, um meio de miséria e fome. Foi em Crateús que Perugini ouviu falar em Hortolândia pela primeira vez, quando a convite de outros seminaristas resolveu passar seis meses no então distrito de Sumaré. Quando chegou em Hortolândia, em 1981, Perugini foi morar na casa de Iram de Rezende(na época seminarista, que depois foi candidato a prefeito pelo PT), no Jardim Nossa Senhora de Fátima. 

Perugini era um dos religiosos que realizava o trabalho de base na comunidade do Jardim Nossa Senhora de Fátima, onde surgiam vários movimentos sociais, impulsionados pela Igreja Católica, sob influência da Teologia da Libertação, no auge das CEB`s (Comunidades Eclesiais de Base). Dessas reuniões surgiu o movimento por terra que culminou nos Assentamentos 1 e 2 de Sumaré.

Era o início de uma jornada de mais de 40 anos na luta para melhorar a vida da população de Hortolândia.