Coden discute financiamento para nova represa com executivos da Caixa
Recursos também seriam
aplicados no desassoreamento das
represas que compõem o sistema
de abastecimento de água
A diretoria da Coden Ambiental, empresa municipal responsável pelos serviços de Saneamento Básico de Nova Odessa, recebeu a visita de representantes da Caixa Econômica Federal para discutir as possibilidades de um empréstimo de recursos financeiros que seriam destinados à construção de uma nova represa, bem como ao desassoreamento daquelas que já compõem o sistema de captação de água do município. A reunião foi realizada na última quinta-feira (07/04).
Estiveram presentes membros do escritório da Caixa em São Paulo: o superintendente executivo corporativo de Infraestrutura, João Henrique Delibaldo, e os gerentes de Clientes e Negócios Lilian do Nascimento e Eduardo Botelho de Souza. Eles foram recebidos pelo presidente da Coden,
Elsio Alvaro Boccaletto, e pelo diretor financeiro Hamilton Lorençatto. Embora a Coden venha trabalhando proativamente para que o nível de
suas represas seja mantido, a preocupação trazida à diretoria da empresa pelo prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, aponta para o aumento da demanda de água previsto para os próximos anos. O mais recente reservatório de grande volume feito na cidade foi a Represa Recanto 3, em 1992 – há 30 anos.
“Tivemos uma aprovação de mais de 30 empreendimentos imobiliários aqui na cidade na última administração, o que deverá resultar num aumento populacional e de consumo. Por isso, estamos seriamente empenhados em construir todas as obras necessárias para que não falte água”, explicou o presidente da Coden.
Atualmente, a Coden faz a gestão de duas obras viabilizadas com financiamento da CEF no valor de aproximadamente R$ 8 milhões. Uma delas é ETA (Estação de Tratamento de Água) 2 (Santo Ângelo), que acaba de ser concluída e que deve ser inaugurada no segundo semestre, garantindo um volume de água tratada de 3,6 milhões de litros por dia e aumentando em 19% o volume atual de captação do município, que é de 19 milhões de litros por dia.
Outra é a instalação de redes, adutora, reservatório e ligações de água no Pós-Anhanguera, obra que se iniciou em fevereiro, com previsão de entrega em 12 meses e que levará água encanada para a única região da cidade ainda não atendida por este serviço, atendendo a 470 imóveis.
Recentemente, a Coden também concluiu o prolongamento da Adutora Córrego Palmital, na Rodovia Rodolfo Kivitz, até ETA 1, localizada na sede
da Coden, no Jardim Bela Vista. Foram investidos na iniciativa recursos na ordem de R$ 1 milhão. A obra está permitindo a captação de até 70 litros
de água bruta por segundo, o equivalente a um terço da vazão diária total do município, que é de 210 litros por segundo. Também está evitando perdas que ocorriam no trajeto antigo de captação que foi desativado.
RESERVATÓRIOS
Outra prioridade da atual gestão da Coden é a manutenção do complexo dos 11 reservatórios de água tratada que atendem o município e que totalizam uma capacidade de armazenamento de 12.050 metros cúbicos. No momento, dois deles encontram-se em reforma: o de 1 mil metros cúbicos do sistema Klavin, desativado há mais de 10 anos e que agora está recebendo uma impermeabilização orçada em R$ 300 mil, e o Castelo, que tem capacidade de 400 metros cúbicos, está em atividade há mais de 50 anos e passa por sua primeira reforma estrutural, estimada em aproximadamente R$ 900 mil.
Em 2021, a Coden já havia colocado em operação um novo reservatório no Jardim São Francisco, com um volume útil de 600 metros cúbicos e reformado o maior reservatório de água tratada da cidade, com capacidade de 5 mil metros cúbicos, localizado na sede da Coden.
Atualmente, para abastecer uma população estimada em 61 mil pessoas, a Coden dispõe de 282,76 km de rede; um volume de água bruta
reservada de, aproximadamente, 2,5 milhões de metros cúbicos; e um volume de água tratada na ordem de 16 milhões de litros/dia.
A empresa também desenvolve um trabalho contínuo de combate às perdas, monitorando remotamente a pressão e a vazão em 52 pontos das redes e os volumes registrados na saída dos reservatórios. O índice de perda de água vem se mantendo em 28%, um dos mais baixos da região.
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