Vereador de Sumaré denuncia possível ataque de facção criminosa a padaria

• 24/01/2024

Sirineu Araújo teve estabelecimento pichado com a sigla do PCC, vidraça quebrada e fechadura violada; parlamentar levou caso à Polícia Civil e fala em ‘perseguição política’

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

Uma padaria do vereador Sirineu Araújo foi alvo de um ataque na madrugada do último sábado (20), na rua Daniel Moreira, no Jardim São Francisco, região de Nova Veneza, em Sumaré. Ele denunciou o caso apontando que o ataque teria sido cometido pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das principais facções criminosas do país. Ele fala em “perseguição política” por ser pré-candidato a prefeito da cidade. Sirineu também é investigado por homicídio.

A Polícia Militar foi acionada e constatou que o comércio havia sido pichado com a sigla da facção criminosa. Segundo os policiais, os autores da ação criminosa quebraram uma vidraça e violaram a fechadura da porta, que foi aberta. Os criminosos jogaram substância inflamável no interior da padaria, além de efetuar disparos de arma de fogo contra a porta do estabelecimento. O proprietário não compareceu ao local após o ataque.

O comércio possui câmeras de monitoramento que podem apresentar imagens da ação do infrator ou infratores. Os agentes da Polícia Científica foram acionados e realizaram os trabalhos de perícia técnica. A ocorrência foi registrada no 5° DP (Distrito Policial), que investiga o caso.

O vereador Sirineu Araújo é investigado pelo assassinato de um homem de 39 anos baleado e atropelado no Jardim Ipê, em Sumaré, ano passado. O parlamentar afirmou em depoimento à Polícia Civil em agosto do ano passado, que agiu em legítima defesa e que antes do episódio foi alvo de ameaças. Em um vídeo, mostra quando a vítima rasteja pela rua depois de ser baleada.

O vereador procurou a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana de forma espontânea após a morte da vítima. Os investigadores confirmaram que o vereador admitiu ser dono da caminhonete que atropelou a vítima e que ele estava no local do homicídio. O parlamentar também indicou onde estaria a arma e o veículo foi apreendido.

Sirineu retornou às sessões legislativas em novembro, na Câmara de Sumaré, no lugar do comerciante Allan Sangalli, suplente que havia tomado posse após pedido de licença de Sirineu por 60 dias.

Na justificativa do pedido de afastamento, Sirineu alegou necessidade de “tratar de interesses particulares”.