Usuários das linhas da EMTU sentem no bolso aumento da tarifa na região
Moradores afirmam que reajuste afeta orçamento familiar, especialmente em um cenário econômico onde outras despesas também estão pressionadas; ‘esse aumento da tarifa dificulta ainda mais’, afirmou usuária do transporte
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Usuários da região, especialmente de Nova Odessa, Sumaré e
Hortolândia, que dependem das linhas intermunicipais de ônibus administradas
pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) já começaram a sentir
no bolso o impacto do reajuste tarifário anunciado desde 6 de janeiro.
As linhas que conectam a região a cidades vizinhas sofreram
aumentos que, segundo o governo paulista, ficaram abaixo da inflação projetada
de 5,09%, com base no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas). Entre as linhas mais afetadas estão as 634
e 647, que passam por Nova Odessa, e as 639, 640, 644 e 749, que passam por
Sumaré. O reajuste médio para essas rotas foi de 4,42%, elevando o preço da
passagem de R$ 5,65 para R$ 5,90.
Usuários reclamam que o aumento afeta diretamente o
orçamento familiar, especialmente em um cenário econômico onde outras despesas
também estão pressionadas. “Já estamos lidando com custos mais altos em tudo, e
agora esse aumento da tarifa dificulta ainda mais. Dependemos do transporte
para trabalhar, não temos outra escolha”, disse Maria Aparecida Silva, moradora
de Hortolândia.
Por outro lado, o governo estadual justifica que o reajuste
ficou abaixo da inflação, buscando minimizar o impacto para os passageiros,
enquanto mantém o equilíbrio financeiro das operações de transporte público.
Usuários reivindicam melhorias no serviço. Entre as
principais queixas estão atrasos frequentes. “Se o aumento fosse acompanhado de
melhorias, seria mais fácil aceitar, mas enfrentamos os mesmos problemas todos
os dias”, afirmou Rodrigo Martins, morador de Nova Odessa.
O reajuste das tarifas da EMTU é anual e visa garantir a
continuidade dos serviços. No entanto, líderes comunitários planejam pressionar
por mais investimentos em infraestrutura e qualidade no transporte
intermunicipal para que o impacto no bolso dos moradores seja acompanhado por
benefícios concretos. Com o aumento em vigor, a mobilidade na região se torna
mais cara.
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