Rio Capivari transborda, água invade casas e 60 famílias ficam desabrigadas em Monte Mor
Manancial registrou mais de 4,7 metros, cidade também teve queda de postes; em Hortolândia, seis árvores e um muro caíram e uma casa foi inundada
Beto Silva | Tribuna Liberal
As chuvas que atingiram a região nesta sexta-feira (27) causaram a cheia do rio Capivari em Monte Mor. Ao menos cem famílias foram atingidas em dez bairros da cidade, que tiveram ruas e casas alagadas. A Defesa Civil do município informou que as famílias buscaram abrigo na casa de familiares e amigos.
O órgão montou um centro de acolhimento de desabrigados na escola municipal Professor Fauze Calil Canfur, no Jardim Capuavinha, oferecendo abrigo e alimento. Até o final da tarde desta sexta, segundo o órgão, nenhuma pessoa procurou pelo serviço.
A Defesa Civil de Monte Mor acompanhou a situação e atuou no apoio para as famílias na retirada de móveis e outros pertences, levando-as para um local seguro. No final da tarde desta sexta (18h), o nível do rio estava em 4,72 metros.
“As equipes da Defesa Civil de Monte Mor seguem no monitoramento do rio e no acompanhamento das famílias. Equipamentos da prefeitura também estão preparados para receber móveis, pertences e, eventualmente, servir de abrigo temporário para as pessoas atingidas, o que - até o momento - ainda não foi necessário”, informou a prefeitura em nota.
Os bairros e ruas atingidos pelas enchente foram Progresso
(rua Antônio La Velha Júnior), Capuavinha (rua Antônio Canesin), Vila Farid
Calil (ruas Siqueira Campos, Capitão Aguirre e Quinze de Novembro), Vila
Possato (rua Treze de Maio)e Bom Jesus, condominio Pontim, ruas Siqueira
Campos, Capitão Aguirre e Quinze de Novembro.
De acordo com a Defesa Civil do município, choveu em Monte
Mor nas últimas 24 horas, segundo medição feita no rio Capivari, 34 milímetros;
no Capivari Mirim, em Monte Mor, 27,5 milímetros e no rio Capivari, em Campinas
126,3milímetros.
Moradores informaram que dois postes de energia elétrica
caíram na estrada Beraldo Ross Matheus (Rio Acima) durante as chuvas desta
sexta-feira. A CPFL Paulista confirmou que as fortes chuvas que atingiram a
região de Monte Mor impactaram a rede de distribuição do trecho. “Equipes da
companhia já estão no local atuando nos reparos e serão concluídos o mais breve
possível”, informou em nota.
HORTOLÂNDIA REGISTRA QUEDA DE ÁRVORES
A Defesa Civil de Hortolândia registrou seis quedas de
árvores na cidade em razão das chuvas desta sexta-feira (27). Devido ao volume
de chuvas, a prefeitura divulgou comunicado sobre o fechamento dos parques
Dorothy Satang e OAPE (Observatório Ambiental Parque Escola) para visitação.
De acordo com a Defesa Civil, as quedas de árvores ocorreram
na rua Andradina, no Jardim Santana, na rua Francisco Egídio Borges, no Jardim
Nossa Senhora de Fátima, rua João Gomes com João Schiavetto, Parque Ortolândia,
rua Domiciano Marcelino de Faria, Jardim Sumarezinho, queda de muro na rua Rio
Pindaré, Parque Bellaville. Segundo o órgão, as quedas de árvores não causaram
danos estruturais ou vítimas.
No Jardim Monte Sinai, uma residência foi invadida pela água
na rua Jaboticaba. Os moradores foram acolhidos por familiares e o atendimento
foi realizado pela Defesa Civil e secretarias de Habitação e Inclusão do
município.
CINCO BAIRROS DE SUMARÉ FICAM ALAGADOS
Nas últimas 48 horas Sumaré registrou 140 milímetros de
chuvas, sendo a cidade da RMC mais atingida pelas precipitações. De acordo com
a assessoria de imprensa da prefeitura, não houve pontos de enchentes, mas a
cidade registrou alagamentos nos bairros Vila Diva, Jardim Dulce, São Domingos,
Jardim Primavera e na rua Crenac, na região do Picerno. Nesses núcleos, a água
atingiu a altura das calçadas. Segundo o setor, não houve desabrigados ou
desalojados.
A Defesa Civil do município montou kits de alimentos para
algumas famílias que não conseguiram deixar as residências devido a água na
calçada. No Jardim Dulce e Vila Diva o nível da água nas ruas havia baixado na
noite desta sexta-feira, nos demais, a situação estava estável, segundo a
prefeitura. De acordo com a Defesa Civil não há previsão de chuvas fortes para
os próximos dias.
Em casos de emergências, o órgão pede que a população entre
em contato por meio do telefone 199. Os bairros atingidos seguem sob
monitoramento.
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