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Moradora mostra pedra e concreto que caíram no quintal da sua casa e reclama de transtorno

Revoltados com ‘chuva de concreto’ de construtora, vizinhos acionam polícia

Moradores que residem próximos a obra precisaram acionar a Polícia Militar, já que por volta das 21 horas trabalho noturno ainda era realizado e pedras de concreto caiam nas casas

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Uma série de acontecimentos na construção de um novo condomínio no Jardim Basilicata, em Sumaré, têm deixado os moradores revoltados. O obra é realizada pela construtora Souza Araujo e tem gerado muitas reclamações. Devido aos novos episódios de “chuva de pedras e concreto” por conta da construção, a vizinhança acionou a Polícia Militar na noite desta quinta-feira (28) para tentar paralisar os trabalhos noturnos. O caso já virou uma batalha judicial entre moradores e construtora. Desde o início das obras no condomínio, os moradores relatam problemas, como rachaduras em imóveis e agora a queda de pedras e massa de concreto nas propriedades.

“Ontem à noite precisamos pedir ajuda da Polícia Militar, tivemos que chamar a viatura, porque estava demais. A polícia anotou nossos nomes e foi até a obra conversar. Nossas casas são mais afetadas porque o quintal é aberto. Não podemos nem desfrutar do nosso próprio espaço sem nos preocuparmos com objetos caindo do céu”, disse a atendente Paula Bueno, de 41 anos, vizinha do empreendimento. Os moradores também classificam como “falta de respeito” os horários em que a obra é realizada. “De acordo com as autorizações, a construção tem permissão para ocorrer apenas até às 19h. No entanto, os trabalhadores continuaram a operar muito depois desse horário, chegando a persistir até quase 22h, mesmo após a intervenção da polícia. “Eles não têm respeito por ninguém”, afirmou.

Um morador relatou preocupação com a saúde do pai. “Foi mais um dia de transtorno, a gente fica de mãos atadas, não temos mais a quem apelar, meu pai tem pressão alta, diabetes, temo perder meu pai, ele estava desesperado, era 21h e aquele monte de concreto caindo na casa, fora as casas todas condenadas, um transtorno absurdo, não sabemos mais o que fazer”, afirmou André Ricardo Medeiros. Os vizinhos apelam para uma solução imediata do problema. “Foi super tenso, teve até polícia, a polícia disse que eles têm permissão para trabalhar até 19h, se a polícia não tivesse ido lá teriam trabalhado a noite inteira”, disse o morador Carlos Tank.

Outro lado

Questionada, a construtora informou que está apresentando sua defesa nos autos e aguarda uma posição definitiva da Justiça sobre o caso. “Paralelamente ao andamento processual, a empresa busca zelar pela segurança da obra e dos imóveis vizinhos. A Sousa Araujo segue à disposição dos litigantes e seu advogado na tentativa de uma conciliação. A construtora reforça que atua há 15 anos no mercado, período em que já entregou mais de 20 mil unidades habitacionais, sempre prezando pelo bom relacionamento e transparência com os vizinhos de suas obras”, afirma.

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