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Ediger e Antônia Gabelini: compromisso com a cidadania há mais de seis décadas

Região tem mais de cem mil eleitores com idade acima dos 60 anos

Idosos destacam a importância do ato de votar e acreditam na possibilidade de mudança quando se exerce o direito à cidadania; número de eleitores dessa faixa etária aumentou em 9,7% em comparação com as eleições municipais de 2020

Beto Silva | Tribuna Liberal

Em cada eleição, o casal de aposentados Antônia e Ediger Gabelini, moradores do bairro Matão em Sumaré, mantém um compromisso sagrado: no domingo do pleito, seguem juntos ao local de votação para exercer seu direito de escolher os representantes. Com 77 anos, Antônia carrega consigo o orgulho de uma vida dedicada ao exercício da cidadania, votando desde os 18 anos. “Só não votei no primeiro turno das últimas eleições para presidente, mas fiz questão de ir no segundo turno”, conta ela, ressaltando a importância do voto mesmo em momentos de dificuldade.

Antônia e Ediger são parte de um grupo significativo de eleitores idosos na região. Nas cidades de Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia e Sumaré, fazem parte dos 100.897 eleitores acima de 60 anos, representando 18% do total de eleitores dessas cinco cidades. Segundo estatísticas do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o número de eleitores nessa faixa etária aumentou 9,7% em comparação com as eleições municipais de 2020, um crescimento superior ao aumento geral de eleitores, que foi de 4,5%, passando de 519.945 para 543.235 eleitores aptos.

Para Antônia, não há desculpa para o eleitor que deixa de comparecer às urnas ou vê o ato de votar como perda de tempo. “Não é perder tempo; as pessoas são acomodadas. Tem que ter compromisso e pensar como cidadão. As pessoas devem ficar atentas para eleger seu representante”, destaca. Ela reconhece as dificuldades na escolha dos candidatos, mas acredita que o ato de votar continua sendo fundamental. “Sei que é difícil atualmente escolher alguém, mas não é impossível”, acrescenta.

Como eleitora, Antônia se mantém atenta aos acontecimentos políticos da cidade e faz questão de se informar. “Eu e meu marido participamos da igreja, trabalhamos e temos muitos conhecidos com quem conversamos, trocamos ideias e vamos sabendo o que está acontecendo. Tem também os meios de comunicação que podemos acompanhar”, aconselha. Para ela, a participação ativa e informada é a chave para a escolha consciente dos representantes que definirão os rumos da sociedade.

O exemplo de Antônia e Ediger é um reflexo da importância da participação dos idosos no processo eleitoral, reforçando a ideia de que a cidadania não tem idade. Eles representam uma geração que acredita na importância do voto e da responsabilidade de cada cidadão em moldar o futuro de sua comunidade. Com o crescimento do número de eleitores idosos, o impacto desse grupo na definição dos resultados eleitorais se torna cada vez mais relevante, destacando a necessidade de um olhar atento para suas demandas e expectativas.

De acordo com o TRE-SP, eleitor maior de 70 anos, ao exercer o direito ao voto, contribui para transformar o cenário político, social e econômico do Brasil. O voto do idoso é fundamental para eleger os representantes políticos do país. Portanto, ainda que o voto seja facultativo, é importante usufruir dessa conquista, que é uma garantia constitucional. Eleitores dessa faixa etária podem procurar os cartórios ou postos de atendimento e unidades do Poupatempo que tenham serviços eleitorais, caso precisem regularizar a situação eleitoral.

“É uma questão de cidadania, porque a política afeta a vida de todos, então temos de participar, é um direito nosso”, afirmou Celi Lopes, aposentada de 74 anos, que faz questão de continuar votando porque quer escolher seus próprios candidatos.

INSTRUMENTO DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

De acordo com o TRE-SP, eleitor maior de 70 anos, ao exercer o direito ao voto, contribui para transformar o cenário político, social e econômico do Brasil. O voto do idoso é fundamental para eleger os representantes políticos do país. Portanto, ainda que o voto seja facultativo, é importante usufruir dessa conquista, que é uma garantia constitucional.

Eleitores dessa faixa etária podem procurar os cartórios ou postos de atendimento e unidades do Poupatempo que tenham serviços eleitorais, caso precisem regularizar a situação eleitoral. “É uma questão de cidadania, porque a política afeta a vida de todos, então temos de participar, é um direito nosso”, afirmou Celi Lopes, aposentada de 74 anos, que faz questão de continuar votando porque quer escolher seus próprios candidatos.

BIOMETRIA

A Constituição Federal determina que o voto é facultativo para os maiores de 70 anos. Por isso, caso o eleitor com voto facultativo não tenha feito a biometria nas cidades onde o procedimento foi obrigatório em 2019 e não regularize a sua situação até 6 de maio, a única restrição em sua vida civil será a impossibilidade de votar, decorrente do cancelamento do título. Não sofrerá outros impedimentos, como o de receber aposentadoria, obter passaporte, CPF e empréstimos.

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