Projeto Vulcão retoma atividades e estabelece meta para atender 300 crianças em Sumaré
Presidente Márcio Luiz de Souza quer transformar a entidade em captadora social; aulas devem ser restabelecidas em até
15 dias
A pandemia do novo coronavírus também afetou as entidades do terceiro setor e os projetos esportivos e culturais espalhados pelo país. Em Sumaré não foi diferente. O Projeto Vulcão, que atua há 11 anos para levar atividades esportivas, culturais e de cidadania na região da Área Cura e Matão, também teve que suspender as atividades, que serão retomadas nos próximos dias.
O presidente do projeto, Márcio Luiz de Souza, conhecido como Márcio Vulcão, disse que daqui uma semana vai voltar a ministrar as aulas de futebol de salão e jiu jitsu. Mas, no passado, o projeto oferecia uma série de atividades, que também serão reativadas com ajuda de parceiros. No passado, o projeto atendia 183 crianças e jovens e a meta é atingir 300 nesta retomada.
Antes da parada forçada, o projeto contava com horta comunitária, atividades de lazer e recreação e atletismo, aulas musicais e de artes. Marcio pretende buscar novos profissionais para ampliar as atividades.
Segundo o presidente, a intenção é atingir mil crianças em Sumaré, através de uma captadora social, que ajudaria as demais entidades a desenvolver seus projetos, captar recursos e contar com profissionais capacitados.
“A nossa ideia é ter essa captadora social para que a gente possa ter os profissionais de educação física. E hoje só o profissional de educação física para um trabalho não cabe. É necessário um psicopedagogo e uma psicóloga”, disse Márcio. Ele explicou que os atendidos no projeto têm muita carência afetiva, gerada pela violência doméstica e ausência da família por diversos fatores, e precisam de cuidados profissionais.
Para chamar a atenção da sociedade e de programas de televisão para a proposta, Márcio fez um percurso de 762 km a pé. Percorreu 126 Km de Sumaré até a Record, na capital paulista, 513 quilômetros até o Rio de Janeiro, para tentar participar do programa de Luciano Huck, na Globo, e 116 quilômetros até a Band na capital paulista, para pedir espaço no programa de Neto e Fausto Silva.
“A experiência da caminhada foi propósito para se tornar uma captadora social, que se chama V10. A nossa intenção é captar recursos para que a gente possa angariar fundos para o Projeto Vulcão, mas ter um trabalho itinerante e efetivo nas comunidades que já temos espaço”, revelou Márcio.
Outro propósito da caminhada foi tentar angariar recursos para viabilizar um aplicativo de prestação de contas. Por esse aplicativo seria possível firmar parcerias com o comércio para concessão de descontos e também para angariar recursos para o projeto através do V10, no qual as pessoas podem colaborar com R$ 10 mensais para ajudar na manutenção do projeto.
“Em dois anos a meta é captar um milhão de pessoas e isso transformaria de fato a vida de muita gente“, disse o idealizador do projeto. Outras metas são manter um profissional de relações públicas para assessorar o projeto e estabelecer parcerias com agência de publicidade para promover concursos e bazares para arrecadar fundos.
O objetivo dessa captadora social seria equipar as ONGs (Organizações Não Governamentais) e demais projetos sociais. Além de ajudar na regularização de entidades com dois anos de atuação, a meta é fornecer coletes e bolas, além de regularizar o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e inscrever projetos para obter recursos. O Projeto Vulcão seria um porto social, para ajudar na regularização da documentação e inscrição de projetos para captação de recursos.
Outra novidade para este ano, contou Márcio, é implantar o Vulcão Itinerante. Ele pretende equipar um carro, uma Van ou uma perua Kombi para se deslocar pela cidade e oferecer práticas esportivas em praças, e, dessa forma, evitar que as crianças e jovens entrem no mundo das drogas.
“E você gerando educação, gera gente que vai dizer não para as drogas, para o crime, para a pedofilia, para o racismo, para a homofobia. Quando você cria gente educada, oferece a cultura, mas algo efetivo, porque a escola pública, infelizmente, está falida, muito deturpada. Os professores não têm ferramentas para se trabalhar e há uma sobrecarrega nas costas dos professores”, comentou.
“O projeto Vulcão tem 11 anos de trabalho e a nossa proposta é levar o esporte e a cultura para que se gere educação e disciplina. O nosso foco é gerar esporte de qualidade. O nosso interesse primordial não é que o aluno se torne um atleta profissional, mas gere habilidade através dessas vertentes. A intenção é que todos os jovens pratiquem esportes, seguindo a linha americana, para gerar habilidades. Se tiver atleta de ponta, vamos trabalhar isso na vida dele”, explicou Márcio.
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