Por perdas salariais, enfermeira de Sumaré cobra R$ 45,6 mil na Justiça
Profissional pede que município seja condenado ao pagamento das diferenças salariais e aos depósitos de FGTS não realizados; ela alega que deveria ter sido promovida em função do tempo de serviço e das leis municipais
Paulo Medina | Tribuna Liberal
A enfermeira da Prefeitura de Sumaré, D. P., ajuizou uma
ação de cobrança contra a Prefeitura solicitando o pagamento de R$ 45.662,64 em
perdas salariais devido a não aplicação das progressões de carreira e do
enquadramento correto no plano de carreira municipal, prática não adotada pela
gestão anterior.
A ação busca compensar a profissional por possíveis
diferenças salariais acumuladas entre 2015 e 2023, quando a enfermeira diz que
deveria ter sido promovida em função do tempo de serviço e das normas
municipais, mas não foi devidamente enquadrada.
A enfermeira, que ingressou no serviço público municipal por
meio de concurso em 2007, alega que o município não cumpriu com as normas
estabelecidas pela Lei nº 4.997/2010, que regula as progressões de carreira e o
enquadramento dos servidores da saúde. De acordo com a legislação, os
profissionais de saúde, como enfermeiros, devem ser promovidos de acordo com a
pontuação mínima estabelecida, e não apenas pelo tempo de serviço.
No entanto, ela afirma que, apesar de atender aos critérios
para progressão, não foi promovida de acordo com o plano de carreira. Ela alega
que, em função disso, deixou de receber os acréscimos salariais que lhe seriam
devidos e ainda não teve os valores de FGTS e Prêmio PSF devidamente
depositados.
A enfermeira afirma que, ao longo dos anos, teve sua
progressão na carreira ignorada, o que gerou uma perda salarial significativa.
Em 2015, após completar cinco anos de serviço público, ela afirma que deveria
ter sido promovida para a função de Enfermeiro SMS C, o que teria impactado seu
salário, mas isso não ocorreu. A mesma situação se repetiu em 2020, quando a
profissional deveria ser promovida para Enfermeiro SMS B, resultando em mais
perdas salariais.
Além disso, a profissional também reclama que a falta de
progressões ao longo dos anos gerou distorções nos seus rendimentos, o que
motivou a ação judicial.
O caso foi direcionado à Justiça comum de Sumaré, já que a
demanda se baseia em questões administrativas de natureza municipal, e não se
trata de um conflito trabalhista, conforme a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a competência para julgar ações envolvendo servidores
públicos.
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