Polícia recebe de volta inquérito com pedido de prosseguimento de investigação
Promotoria quer inserção de laudo da Unicamp nas apurações do caso e solicitou que investigações continuem; Polícia Civil trabalha para cumprir pedidos
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Policiais do 4° DP (Distrito Policial) de Campinas,
responsáveis pela investigação da morte de Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos,
depois da queda de um eucalipto, em janeiro, na Lagoa do Taquaral, receberam de
volta, do Ministério Público, o inquérito que trata do caso da menina. O MP pediu
a inserção de um laudo da Unicamp apontando a situação da árvore que originou o
acidente e o prosseguimento das apurações. O Instituto de Criminalística havia
pedido a atuação de especialistas da universidade no caso.
Laudos presentes no inquérito até então apontaram “fortes chuvas” como causa da vulnerabilidade do solo e motivo do acidente. A morte de Isabela é tratada como “morte acidental” e por não se apontar até então a ocorrência de negligência ou omissão do poder público no caso, não há pessoas indiciadas até o momento.
Na última semana, o Tribuna Liberal noticiou que o inquérito havia sido encaminhado para a Justiça para apreciação, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). “O caso foi investigado pelo 4º Distrito Policial de Campinas e encaminhado à Justiça. No entanto, o inquérito policial retornou à unidade para cumprimento de novas apurações solicitadas pelo Ministério Público. A polícia trabalha para cumprir o que foi solicitado. O caso é investigado, todas as circunstâncias estão sendo investigadas para esclarecer os fatos”, informou a SSP-SP, em nota.
Em maio, pela segunda vez, a Polícia Civil solicitou ao Judiciário ampliação, por mais 60 dias, do prazo para finalizar a investigação que busca esclarecer detalhes da morte da menina Isabela. A criança morreu enquanto comemorava o aniversário de uma prima nas dependências da lagoa. Após a tragédia, a Polícia Civil realizou oitivas com secretários e agentes públicos de Campinas, com a moradora de Sumaré, Gabriela de Araújo Rodrigues, que ficou ferida e sobreviveu à tragédia, e com os pais de Isabela Tiburcio.
Em fevereiro, a Prefeitura de Campinas informou que os laudos de vistoria técnica do eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral concluíram que a queda da árvore foi provocada por causa do encharcamento do solo. Outros motivos citados por laudo foram raízes podres e a presença de fungos na árvore. As análises foram feitas pelas equipes técnicas do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do IB (Instituto Biológico).
Moradora de Sumaré, a jovem engenheira ambiental Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, sobrevivente do acidente que a deixou gravemente ferida na Lagoa do Taquaral, ficou dez dias internada no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas. A tragédia ocorreu no dia 24 de janeiro e Gabriela foi submetida a cirurgias e chegou a ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Gabriela teve uma vértebra quebrada e precisou colocar oito pinos na coluna.
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