Papais Noéis contam histórias sobre a missão de manter a magia do Natal
Duas gerações diferentes de intérpretes do Bom Velhinho
compartilham a experiência de levar alegria e esperança para as pessoas por
meio do personagem mais emblemático da temporada de Natal nos shoppings de
Sumaré e Hortolândia
São duas gerações diferentes de Papai Noel: Willian Armele, 67 anos, e Washington Luiz Queiroz, 35 anos. O primeiro já tem uma caminhada de sete anos na missão de interpretar a figura mais mágica do Natal. O outro vive a experiência pela primeira vez. Armele é o Bom Velhinho do Shopping ParkCity Sumaré. Queiroz é o Papai Noel do Natal Sustentável realizado no Parque Irmã Dorothy, em Hortolândia. Em comum, Armele e Queiroz vivenciam o prazer de levar alegria e esperança para crianças na temporada de Natal.
Armele conta que, inicialmente, se vestia de Papai Noel em festas familiares e nas empresas onde trabalhava. Nessa época, percebeu e se encantou com o “deslumbre” das crianças pelo Bom Velhinho. Sete anos atrás, decidiu se candidatar para ser Papai Noel em shopping. “Tô até hoje nessa estrada e quero ficar muitos anos ainda. O Papai Noel não existe sem as crianças. Essa é a finalidade do Papai Noel”, afirma o aposentado, morador de Americana.
Os pedidos que ele mais recebe da criançada que visita o shopping é o telefone celular modelo Iphone 15. “Os adultos pedem o ex de volta, carro, dinheiro, querem ganhar na Mega-Sena”, brinca o Bom Velhinho. Nessa trajetória, Armele recebeu milhares de pedidos. A história que mais o emociona? “A pessoa que me pediu um frango de presente de Natal. Me abalo até hoje quando conto”, afirma com a voz embargada.
A barba branca, alegria e a tradicional roupa de inverno de Noel são características fundamentais para quem deseja interpretar o Bom Velhinho, assinala Armele. “Quando a gente veste o personagem tem que transmitir alegria, esperança, tudo de bom pra criança. Todos nós temos problemas, mas, as crianças não podem saber disso, tem que ficar lá fora”.
A preparação para “virar” Papai Noel começa em abril, revela o aposentado. “Barba, roupa, confecção, psicologia...tudo isso a gente desenvolve muito tempo antes para poder chegar a esse momento aqui (no shopping), único e exclusivo para as crianças. Me preparo com alegria, esperança, fé e oração...”, relata Armele.
“Me vestir de Papai Noel significa transmitir alegria, felicidade, esperança para as crianças de que alguma coisa boa vai acontecer. Um mundo melhor, um mundo mágico...Muitas vezes, as crianças pedem paz, que os pais, avós sejam felizes. Então, tudo isso faz dezembro ser um mês mágico. Não existe outro mês do ano que seja tão mágico quanto o Natal. Enquanto existir criança, vai existir Papai Noel”, ressalta o aposentado, que estará de plantão para receber as crianças no shopping, neste domingo, das 10h às 18h.
ESTREIA
O supervisor administrativo Washington Luiz Queiroz, 35 anos, morador do Núcleo Santa Izabel, em Hortolândia, vive a experiência de interpretar Papai Noel pela primeira vez, depois de aceitar o convite de amigos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Hortolândia, que realiza o Natal Sustentável no Parque Irmã Dorothy.
“Aceitei porque amo criança. Graças a Deus tenho um casal de filhos e só de eles me verem vestido de Papai Noel foi uma felicidade muito grande...ver o brilho nos olhos das crianças é o que me motivou... Tô feliz com o que estou fazendo e quero fazer por muitos anos”, afirma o jovem “Noel”.
Washington Queiroz: jovem vive, pela primeira vez, a experiência de interpretar Papai Noel, em Hortolândia
Os pedidos de presentes são muitos, conta Queiroz. “Meninas pedem boneca, os meninos tablet, carrinho. Mas, muitas vezes, só com a bala ou o pirulito eles já saem felizes do colo do Papai Noel. Um abraço do Bom Velhinho já satisfaz a criançada”, observa.
Gostar de criança, saber escutar e ser brincalhão são critérios essenciais para interpretar o Bom Velhinho, destaca o Papai Noel de primeira viagem. “Natal é uma data muito importante, nascimento do Menino Jesus. Poder fazer a alegria da criançada, ver o sorriso inocente e verdadeiro delas, significa muito. O futuro do nosso País está nessas crianças e poder fazer parte, um pouquinho, daquele presente dela e quem sabe o futuro, é maravilhoso”.
Para enfrentar a maratona diária de atendimento no parque, das 20h às 22h, depois de um dia de trabalho, Queiroz criou o próprio ritual. “Nesse calor tenho tomado um bom banho antes de ir, procuro descansar um pouco, antes, para ter bastante gás para atender a criançada e não deixar a desejar”, informa Queiroz.
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