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Otimista, setor têxtil acredita em expansão no pós-pandemia

NOVA ODESSA 117 ANOS

Importante para a economia de Nova Odessa, indústrias do setor empregam cerca de 5 mil pessoas nas 200 empresas existentes na cidade

Com geração de 5 mil empregos nas 200 fábricas existentes em Nova Odessa, a indústria têxtil mantém importante contribuição para a economia da cidade. Apesar das dificuldades geradas pela pandemia da Covid-19, o setor espera, neste ano, aquecimento do mercado e crescimento da cadeia têxtil. Quem afirma é o presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana e Região), Leonardo Sant’Ana.

De acordo com Sant´Ana, com o desaquecimento da demanda, aumento de preços e pressão de custos, as indústrias têxteis buscam caminhos e oportunidades para superar os momentos de crise.

Para ele, o setor ter fechado o ano de 2021 com saldo positivo de emprego é um dos indicativos da retomada do crescimento. “O ano de 2022 também está sendo desafiador, mas acreditamos em uma expansão de toda a cadeia produtiva”, aposta o presidente do Sinditec.

Sant’Ana prevê que o efeito pandemia pode beneficiar o setor também a médio e longo prazo. “A expectativa é o setor têxtil crescer acima da média brasileira nos próximos anos, com a ampliação e modernização do parque fabril, além da abertura de novas indústrias”.

De acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio ao Micro e Pequeno Empreendedor), divulgados pelo Sinditec, até 2021 Nova Odessa tinha em torno de 200 indústrias têxteis, em vários segmentos como fiações, tecelagens, tinturarias e estamparias, outros serviços de acabamentos, fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico, fabricação de artefatos de tapeçaria, cordoaria, tecidos especiais e não-tecidos. Segundo o Sinditec, as indústrias e confecções de artigos do vestuário e acessórios estão em torno de 180.

O número de trabalhadores formais na cidade, segundo dados da Rais 2020 (Relação Anual de Informações Sociais) do governo federal, estava em cerca de 5 mil na fabricação de produtos têxteis. Os tecidos produzidos pelas indústrias têxteis de Nova Odessa são utilizados para várias finalidades, desde vestuário masculino, feminino e infantil, calçados, casa e decoração, industrial e hospitalar.

POLO TÊXTIL

Nova Odessa está inserida no polo têxtil e de confecção, formado também por Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia, considerado um dos maiores polos da indústria têxtil no Brasil e no Estado de São Paulo.

De acordo com o Sinditec, trata-se ainda de um dos principais locais em que são produzidos tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas na América Latina, representando, 60% da produção de tecidos planos do país.

Município concentra mais de 50% das tecelagens para fabricar jeans no Brasil

A região é o maior polo produtor de denin (tecido para fabricação de jeans) da América Latina e o segundo do mundo. O Sinditec destaca que Nova Odessa colabora significativamente para esses números, além de concentrar mais de 50% das tecelagens de tecidos planos existentes no Brasil. O denin é um exemplo de tecido plano.

Sant´Ana ressalta o reconhecimento oficial pelo governo do Estado do APL- Arranjo Produtivo Local Têxtil e Confecção como muito importante para a região. “Estamos trabalhando na formatação do APL e já posso adiantar que vem muita novidade para as indústrias têxteis e confecções. Uma das principais demandas das empresas no momento é a capacitação de mão de obra. Temos um planejamento de cursos, com apoio do Senai e Sebrae, para atender essa necessidade. Questões envolvendo tecnologia e inovação, entre outras, são outro foco do APL para fortalecimento do setor”, ressaltou.

O presidente do Sinditec parabenizou o município pelos 117 anos de fundação. “Nova Odessa é uma cidade importante para o polo têxtil. Contamos com a participação das indústrias têxteis e confecções nas atividades que serão desenvolvidas neste e nos próximos anos para desenvolvimento do APL”, completou.

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