Nova Odessa prepara projeto para drenagem urbana da bacia do Córrego Capuava
Prioridade é viabilização de nova passagem do córrego sob a
Avenida Ampelio Gazzetta
Com aval do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), a Secretaria de Obras, Projetos e Planejamento da Prefeitura de Nova Odessa informou nesta semana que deve contratar em breve uma empresa especializada para desenvolver um novo plano de macrodrenagem da bacia do Córrego Capuava, na qual se encontram os bairros e conjuntos habitacionais mais populosos da cidade, bem como muitos dos novos bairros e condomínios aprovados na última década.
A prioridade será a construção de uma nova passagem com aduelas no ponto em que a Avenida Ampelio Gazzetta passa sobre o córrego, para a qual já há um pré-projeto, processos de licenciamento e um pedido de recursos para a obra via DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo).
Segundo a secretária Miriam Lara Netto, que é arquiteta e urbanista com vasta experiência em obras públicas e planejamento urbano, a crescente urbanização e impermeabilização do solo nesta bacia são a causa, por exemplo, dos alagamentos que acontecem na Ampelio Gazzetta quando chove forte.
“Essa bacia não tem escoamento adequado de águas pluviais, não tem galerias necessárias, com o dimensionamento adequado para escoar o volume de águas de qualquer chuva forte. O resultado são os alagamentos no ponto em que o córrego chega na Ampelio Gazzetta. E esse problema tende a piorar ao longo do tempo porque, se antes eram sítios, houve a aprovação de muitos loteamentos e condomínios nessa bacia, que causaram a impermeabilização do solo, fazendo com que as enxurradas cheguem mais rapidamente e em volume muito maior ao Córrego Capuava”, explicou Miriam.
A bacia do Córrego Capuava abrange desde a Avenida São Gonçalo, passando pelo “baixadão” da Ampelio, até desaguar no Ribeirão Quilombo, e praticamente não tem obras de drenagem de águas pluviais (das chuvas), praticamente não tem galerias. Então vamos fazer algo que nunca foi feito, que é apontar uma solução definitiva para drenagem dessa bacia, desenvolver os projetos executivos e ai viabilizar financeiramente as obras necessárias, para encerrar esse problema histórico”, adiantou a urbanista.
Miriam prevê que serão necessárias “várias pequenas obras e intervenções em toda a bacia, como construção de novas passagens com aduelas, instalação de contenções de encostas com uso de gabiões, construção de escadas hidráulicas e instalação de redes de galerias de águas pluviais”.
AMPELIO
“Uma das primeiras medidas, com toda certeza, será a construção de uma nova passagem do córrego sob a Ampelio Gazzetta. Já temos um pré-projeto para instalar linhas de aduelas de grande diâmetro para dar vazão a toda essa água, com fizemos na travessia (ou ‘ponte’) do Córrego Capuava com a Rua Sigesmundo Andermann”, adiantou a secretária.
Ela se refere à conclusão recente da nova passagem do Córrego Capuava sob a Rua Sigesmundo Andermann, entre o Jardim São Manoel e o Jardim Éden/23 de Maio – outro ponto onde aconteciam constantes alagamentos quando chovia forte, afetando toda Praça “Celso Gomes dos Reis Aprígio” (o Parque Linear do 23 de Maio).
Antes, as águas do Córrego Capuava eram canalizadas para três linhas de tubos de pequeno diâmetro e baixa capacidade de vazão, causando alagamentos no Parque Linear. Neste caso, a Prefeitura substituiu a antiga tubulação por quatro linhas de 15 aduelas de 2,30 metros por 2,00 metros cada, totalizando 60 peças de concreto armado instaladas sobre uma base de concreto e cobertas por toneladas de terra e pedra até o nível da rua. A Prefeitura investiu R$ 1,38 milhão na obra emergencial.
Já no caso da Avenida Ampelio Gazzeta, a previsão é de utilização de 4 linhas de aduelas de 2,30 metros por 2,00 metros de diâmetro, com 40 metros de cumprimento cada linha, totalizando 160 metros de “canalização” do córrego sob a avenida.
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