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Para cada árvore removida, ao menos 1,5 novas mudas são replantadas nos mesmos locais; MP acompanha

Nova Odessa inicia substituição de árvores ‘condenadas’ na região central

Trabalho preventivo deflagrado pela pasta de Meio Ambiente compreende 50 árvores, apontadas por laudos técnicos com perigo de cair e provocar acidentes

Da Redação | Tribuna Liberal 

A Secretaria de Meio Ambiente de Nova Odessa iniciou um plano de substituição de cerca de 50 árvores da região central da cidade que estão em “estado fitossanitário comprometido” – ou seja, que foram “condenadas” por laudos técnicos profissionais e correm risco de queda e de causar acidentes graves. A maior parte dos casos, que envolvem espécimes de maior porte, é acompanhada pelo MPE (Ministério Público do Estado). Para cada árvore em risco removida, ao menos 1,5 novas mudas são replantadas nos mesmos locais.

Recentemente, já houve a substituição de quatro árvores velhas e comprometidas (três alfeneiros e uma canelinha) na rua Anchieta, atrás da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores e em frente ao Colégio Biocêntrico. Em seu lugar, foram plantadas 11 novas mudas de árvores, a título de compensação ambiental – desta vez, de espécies adequadas para calçamento, como ipês. As árvores removidas tinham, todas, os respectivos laudos prévios apontando seu risco de queda e acidentes com pedestre (incluindo crianças), veículos e construções.

Levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente ao longo dos últimos meses mostrou a necessidade de substituição destas 50 árvores comprometidas apenas na região central da cidade. Segundo a secretária e engenheira ambiental, Aryhane Massita, são espécimes que apresentam problemas como troncos ocos ou tomados por cupins, raízes podres ou descompensação de copas (quando podas ao longo das décadas deixaram a árvore “torta” a ponto de correr risco de queda para um lado pelo rompimento das raízes).

Apenas na calçada da sede do IZ (Instituto de Zootecnia), na avenida Heitor Penteado, são nada menos que 27 unidades com risco de queda, incluindo 25 alfeneiros (cujo tronco fica oco com maior frequência) e duas sibipirunas. Assim que o promotor público da cidade der ciência e concordar com a supressão, elas serão substituídas por 41 novas mudas no passeio público, das espécies Resedá branco e ipê amarelo, e 10 mudas de espécies nativas no interior no IZ, “atrás” do alambrado. Um dos problemas causados no local é a impossibilidade de locomoção de pedestre (principalmente idosos) pela calçada, que é de pedra portuguesa e foi totalmente destruída pelas raízes. Em caso de queda, também há risco a imóveis próximos.

VENDAVAL

Apenas durante o forte vendaval da tarde da última quinta-feira (12), ao menos 34 árvores foram derrubadas pelo vento em toda a cidade. No próprio feriado e nos dois dias seguintes, uma força-tarefa formada por diversas equipes da Prefeitura, principalmente pelo de Parque e Jardins, percorreu a cidade fazendo o corte e a desobstrução de avenidas, ruas e calçadas afetadas.

“A maior parte das árvores que caíram foi por rompimento de raízes. São geralmente espécies inadequadas para calçamento urbano ou árvores muito antigas. Outras caíram pelo peso da copa ou por retorcimento de galhos pelo vento”, justificou Aryhane.

Foi o caso, por exemplo, de uma sibipiruna da rua Independência que caiu sobre o muro do Estádio Municipal Natal Gazzetta, danificando-o. Outra árvore da avenida João Pessoa – um ipê rosa antigo, que já havia passado por uma poda preventiva neste ano – caiu sobre o telhado de um escritório. O problema: as raízes não aguentaram o peso da árvore durante a ventania.

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