Número de novos veículos cresce 29,5% na região, revela associação
Sumaré e Paulínia são as cidades que mais emplacaram veículos no ano passado, totalizando 5.578 e 4.121, respectivamente; setor foi impulsionado pela manutenção da oferta de crédito
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Sumaré, Hortolândia, Paulínia, Monte Mor e Nova Odessa
encerraram 2024 com um total de 15.430 carros, motos, caminhões e ônibus
emplacados, segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave). O número representa um aumento de 29,5% em
relação a 2023, quando foram registrados 11.911 emplacamentos. Em média, a
região teve 42 novos veículos emplacados por dia, o equivalente a dois por
hora. Sumaré e Paulínia lideraram o ranking de emplacamentos na região.
Sumaré foi responsável pelo maior volume de registros, com
5.578 novos veículos em 2024, frente a 4.248 no ano anterior, um aumento de
31,3%. A maior parte dos emplacamentos são para automóveis e motos. Em Sumaré,
por exemplo, foram emplacados 2.069 carros ano passado e 1.876 motos. Paulínia
aparece logo em seguida, com 4.121 emplacamentos no ano passado, contra 3.037
em 2023, um crescimento de 35,8%. Hortolândia registrou 3.386 novos veículos em
2024, superando os 2.687 do ano anterior, um aumento de 26%.
Nova Odessa e Monte Mor também acompanharam a tendência de
alta, embora em volumes menores. Nova Odessa somou 1.256 veículos emplacados,
contra 1.065 em 2023, crescimento de 18%. Monte Mor teve 1.089 emplacamentos no
ano passado, um aumento de 24,6% em relação aos 874 veículos registrados no ano
anterior.
Segundo especialistas, os dados refletem o crescimento
econômico da região e o aumento da demanda por mobilidade individual,
impulsionados, em parte, pela retomada econômica pós-pandemia. No entanto, o
aumento no número de veículos também representa desafios para a infraestrutura
viária e para o planejamento urbano nos municípios.
Os números são celebrados pela Fenabrave. Nacionalmente,
houve alta de 15,5% em 2024 sobre 2023 e 4.744.179 veículos novos vendidos. A
entidade representa mais de 7,8 mil concessionárias de veículos no Brasil. Esse
é o maior percentual de crescimento do setor desde 2007, quando a expansão
chegou a mais de 29%.
“O setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da
oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os
segmentos, no mercado nacional. Como resultado desses fatores, os emplacamentos
de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro
(+16,8%), sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano
(+13,5%). Acreditamos que as festas de fim de ano, que aconteceram no meio das
duas últimas semanas de dezembro, embora os dias 24 e 31 tenham sido
considerados úteis, acabaram impactando nas vendas, pois muitas pessoas e
empresas estavam em período de recesso, reduzindo, principalmente, as vendas
corporativas”, ponderou Arcelio Junior, presidente da Fenabrave.
Para ele, “ficou evidente a sensibilidade do setor e a
capacidade de adaptação diante do mercado e dos movimentos da macroeconomia,
seja nacional como internacional”. “Itens como câmbio, renda, crédito e outros
fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos
negócios do setor, o que dificulta, neste momento, fazer prognósticos precisos
para os próximos 12 meses, pois estamos diante de variáveis importantes em
vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, afirmou.
Porém, mesmo diante das incertezas e variáveis da
macroeconomia para 2025, a Fenabrave projeta um crescimento moderado de 7% para
todo o setor de veículos em 2025.
CONCESSIONÁRIAS ESTÃO OTIMISTAS EM 2025
Alexandre Frazão é gerente de vendas do Grupo Germânica
Volkswagen em Sumaré e trabalha com uma perspectiva de aumento de 5% nas vendas
neste ano em relação a 2024. “A gente tem uma tendência de aumento de 5% para
2025 nos automóveis”. Ele avalia que uma alta na taxa de juros pode trazer
reflexos ao comprador de veículo zero km. “O comprador de zero km tem muitas
taxas especiais de fábrica mediante uma entrada maior, hoje a fábrica trabalha
com esse auxílio e incentivo”, comentou.
Rodrigo Silva, da área de vendas da Automec Sumaré, está
otimista para este ano. “Nós vamos ‘voar’ em 2025, vamos alcançar o horizonte,
o clima é de otimismo (no mercado)”, projetou.
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