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Preferência por apartamentos faz Sumaré aumentar cada vez mais total de prédios construídos

Número de moradores em apartamentos se multiplica por quatro em 12 anos em Sumaré

Total de adeptos a prédios e torres aumenta 335,8% na cidade, aponta IBGE; especialista destaca que morar em apartamentos é uma tendência crescente  

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Segunda cidade mais populosa da RMC (Região Metropolitana de Campinas), Sumaré experimentou uma transformação em sua dinâmica populacional nos últimos 12 anos, conforme revela o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números apontam para um aumento vertiginoso no número de moradores em apartamentos, se multiplicando por quatro. De acordo com os dados do IBGE, o número de moradores em apartamentos em Sumaré saltou 335,8% entre 2010 e 2022. Nesse cenário, a quantidade de moradores em casas teve um crescimento mais modesto, subindo 1,3%.

Em 2010, Sumaré registrava 224.264 moradores em casas, contrastando com os 8.949 habitantes em apartamentos. Na mesma época, a cidade contava com 67.209 casas e 3.379 apartamentos. A predominância das residências unifamiliares era evidente, com 91,4% dos domicílios sendo casas e apenas 4,6% sendo apartamentos.

No cenário mais recente, em 2022, observa-se uma mudança drástica. O número de moradores em casas subiu para 227.293, representando um aumento modesto de 1,3%. Entretanto, o número de moradores em apartamentos explodiu para 39.006, marcando um aumento de 335,8% em relação a 2010.

O parque imobiliário também reflete essa mudança. O número de casas em Sumaré cresceu 17%, alcançando a marca de 78.654 em 2022. Já o número de apartamentos disparou, apresentando um aumento de 351%, totalizando 15.268 unidades. A transformação no panorama habitacional de Sumaré pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo  nas preferências de moradia, aumento na oferta de empreendimentos imobiliários verticais, e influências econômicas.

Esse fenômeno redefine a paisagem urbana da cidade e desenha um novo perfil demográfico que reflete a dinâmica contemporânea do mercado imobiliário e as escolhas de moradia da população. Bruno Perez, analista de pesquisa do IBGE, explicou que esse aumento é expressivo e nacional, sendo registrado em todas as regiões do país, embora seja mais típico dos grandes centros urbanos.

“Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma. Em 2022, havia no país 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas.

Ou seja, a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 12,5% da população. As informações foram publicadas pelo IBGE na divulgação “Censo 2022: Características dos domicílios - Resultados do universo”.

O amplo predomínio das casas entre os tipos de domicílios já havia sido registrado nos Censo Demográficos anteriores, assim como a tendência de aumento da proporção de apartamentos: em 2000, 7,6% da população residia nesse tipo de domicílio, número que passou para 8,5% em 2010 até chegar aos 12,5% registrados em 2022.

Na comparação entre o Censo de 2010 e o de 2022, a proporção da população residindo em apartamento teve expansão em todas as regiões. O maior percentual segue no Sudeste (16,7%), seguido pelo Sul (14,4%). Na outra ponta, aparece o Norte (5,2%).

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