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Governo Edivaldo Brischi registra nota C, a pior, desde 2020, mostra TCE

Monte Mor está entre as piores cidades em índice de gestão municipal, diz TCE

Município figura entre os que possuem administração ineficaz, segundo indicador do Tribunal de Contas do Estado; presidente do órgão fala em ‘rejeição de contas’

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Levantamento feito pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) revela que a administração do prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PSD), é ineficaz. Monte Mor faz parte da grande maioria dos municípios paulistas (mais de 90%) fiscalizados pela Corte que são considerados ineficientes em suas gestões. A avaliação é resultado do IEG-M (Índice de Efetividade da Gestão Municipal) de 2023, criado pelo TCESP para medir a eficiência das Prefeituras.

O indicador prevê cinco faixas de classificação das administrações: ‘altamente efetiva’ (nota A), ‘muito efetiva’ (B+), ‘efetiva’ (B), ‘em fase de adequação’ (C+) e com ‘baixo nível de adequação’ (C). Pelo segundo ano consecutivo, a maioria das cidades paulistas auditadas pelo Tribunal (todas, exceto a Capital) recebeu a pior nota (C) – nota esta atribuída à Prefeitura de Monte Mor em 2023.

A nota C, a pior, se mantém desde 2020. Em 2019, a nota da cidade dada pelo TCE era C+, que significa estar em adequação. De 2015 a 2017, Monte Mor foi classificada em nível B. Sete áreas são analisadas: saúde, educação, planejamento, gestão fiscal, segurança das cidades (Defesa Civil), meio ambiente e governança em tecnologia da informação.

“Fazemos esse levantamento desde 2015 e a situação vem piorando. Isso é incompreensível porque o IEG-M é não só um instrumento de fiscalização, mas também uma ferramenta para que os prefeitos possam avaliar suas políticas públicas, examinando a eventual necessidade de correção de rumos, redefinição de prioridades e consolidação do planejamento”, afirmou o presidente da Corte, Sidney Beraldo.

Os dados de 2023, coletados ao longo de 2022, mostram que 369 municípios receberam avaliação geral C; 223, C+; e 52, B. Nenhuma cidade foi classificada como ‘muito efetiva’ ou ‘altamente efetiva’.

REJEIÇÃO DE CONTAS

O presidente do TCE disse que o prefeito que não melhorou o desempenho da gestão pode ter as contas rejeitadas pela Corte. Esse é o caso de Brischi, que manteve a mesma nota C desde o início da sua gestão.

“O prefeito que, ao longo do mandato, não conseguiu melhorar poderá receber um parecer desfavorável em suas contas. Esse não é o nosso desejo. Muito pelo contrário. Queremos que a gestão sempre melhore porque quem ganha com isso é a sociedade”, explicou o presidente. “Mas vimos que, dos 123 prefeitos reeleitos, temos 39 que estavam no B e foram para o C ou C+. Então houve uma queda”, completou Beraldo.

Vice-presidente da Corte, Renato Martins Costa disse que “não piorar é o mínimo que se pode exigir de uma administração responsável e que busca cumprir os compromissos que levaram aquele administrador a ser eleito”.

“O que mais importa na ação do Tribunal de Contas é o resultado das políticas públicas. E o IEG-M veio para indicar onde estão os pontos fracos dos municípios em razão de problemas de gestão”, disse Sérgio Ciquera Rossi, secretário-diretor geral da Corte.

Na classificação por área, as Prefeituras tiveram pior desempenho no planejamento. Já o melhor ocorreu na gestão fiscal. Planejamento, meio ambiente e governança em tecnologia da informação são as piores áreas de Monte Mor, mostra o TCE, sendo as três com a nota C.

Questionada, a Prefeitura de Monte Mor não respondeu até o fechamento desta edição. 

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