MPT solicita relatórios à polícia e aos bombeiros após explosão em Paulínia
Explosão de caminhão em distribuidora de combustíveis ocorreu em março, durante carregamento de etanol que seria transportado para o Rio de Janeiro; homens de 71 e 46 anos morreram em hospitais; procuradora requer informações
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Em atuação preliminar, o Ministério Público do Trabalho
(MPT), de Campinas, solicitou oficialmente relatórios e documentos da apuração
da explosão de um caminhão de combustível em uma empresa no bairro Bonfim, em
Paulínia, ocorrida no dia 19 de março, que resultou na morte de duas pessoas e
deixou outra ferida.
A procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck foi designada
para acompanhar o caso e solicitou a documentação da Polícia Civil, do Corpo de
Bombeiros e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) sobre as
fiscalizações e investigações já realizadas. O MPT aguarda o recebimento dos
relatórios para dar continuidade ao procedimento investigatório.
“(O caso) foi distribuído para procuradora Clarissa Ribeiro
Schinestsck, ela solicitou documentação dos órgãos que atuaram na apuração do
acidente, sendo eles: Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e CEREST. O MPT aguarda
o envio dos documentos para continuar a condução do procedimento”, informou o
MPT.
A explosão ocorreu durante o carregamento de etanol que
seria transportado ao Rio de Janeiro. A detonação mobilizou equipes do Corpo de
Bombeiros e demais socorristas. Um idoso de 71 anos foi a primeira vítima
fatal, falecendo em 20 de março após ser encaminhado ao Hospital das Clínicas
da Unicamp. A segunda vítima, um homem de 46 anos, morreu no dia 21, no
Hospital Municipal de Paulínia. Outra vítima, um homem de 27 anos, recebeu alta
após ficar ferido.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas do
acidente. Entre as hipóteses levantadas estão o uso de celular no momento do
carregamento e possíveis problemas de aterramento do caminhão.
A explosão ocorreu em uma empresa de armazenamento e
distribuição de líquidos. Em nota, a empresa disse que as razões do incidente
estão sob investigação e que está à disposição para fornecer todas as
informações requeridas às autoridades. O comunicado ressalta ainda que “o
Terminal de Armazenagem possui todas as licenças e autorizações para operar,
incluindo sistema de combate a incêndio e procedimentos de segurança, cumprindo
assim, toda regulamentação dos órgãos reguladores”.
O delegado Roney de Carvalho Barbosa Lima, responsável pelo
inquérito, chegou a apontar o uso do telefone celular como possível motivo da
explosão. A suspeita ocorre após conversas entre a Polícia Civil e pessoas que
estavam no local na hora da explosão.
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