Inquérito sobre morte de criança na Lagoa do Taquaral não tem indiciados
Laudos periciais indicaram ‘fortes chuvas’ como a causa da
queda de eucalipto que matou a menina Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos,
moradora de Hortolândia; investigação tratou o caso como ‘morte acidental’
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Policiais do 4º DP (Distrito Policial) de Campinas, responsáveis pela investigação da morte da moradora de Hortolândia, Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos, depois da queda de um eucalipto, em janeiro, na Lagoa do Taquaral, constataram que laudos de perícia apontaram “fortes chuvas” como causa da vulnerabilidade do solo e posterior ruptura da árvore no dia da tragédia.
A morte de Isabela foi tratada pela Polícia Civil como “morte acidental” e por não se apontar até então a ocorrência de negligência ou omissão do poder público no caso, não há pessoas indiciadas até o momento. O inquérito foi encaminhado para a Justiça para apreciação, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), e voltou para a Polícia Civil em junho.
“O caso foi investigado pelo 4º Distrito Policial de Campinas e encaminhado à Justiça. No entanto, o inquérito policial retornou à unidade em junho deste ano para cumprimento de novas apurações solicitadas pelo Ministério Público. A polícia trabalha para cumprir o que foi solicitado. O caso é investigado, todas as circunstâncias estão sendo investigadas para esclarecer os fatos”, informou a SSP-SP, em nota.
Em maio, o Tribuna Liberal mostrou que pela segunda vez, a Polícia Civil solicitou ao Judiciário ampliação, por mais 60 dias, do prazo para finalizar a investigação que busca esclarecer detalhes da morte da menina Isabela.
A criança morreu enquanto comemorava o aniversário de uma prima nas dependências da lagoa. Após a tragédia, a Polícia Civil realizou oitivas com secretários e agentes públicos de Campinas, com a moradora de Sumaré, Gabriela de Araújo Rodrigues, que ficou ferida e sobreviveu à tragédia, e com os pais de Isabela Tiburcio.
Em fevereiro, a Prefeitura de Campinas informou que os laudos de vistoria técnica do eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral concluíram que a queda da árvore foi provocada por causa do encharcamento do solo. Outros motivos citados por laudo foram raízes podres e a presença de fungos na árvore. As análises foram feitas pelas equipes técnicas do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do IB (Instituto Biológico).
Moradora de Sumaré, a jovem engenheira ambiental Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, sobrevivente do acidente que a deixou gravemente ferida na Lagoa do Taquaral, ficou dez dias internada no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas. A tragédia ocorreu no dia 24 de janeiro e Gabriela foi submetida a cirurgias e chegou a ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Gabriela teve uma vértebra quebrada e precisou colocar oito pinos na coluna.
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