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Moradores dizem que queda de pedriscos da obra geram série de transtornos

Imóveis vizinhos a obra de construtora no Basilicata estão sendo atingidos por ‘chuva de pedras’

Casas próximas ao empreendimento já apresentam trincas e rachaduras, além de infiltrações; reparos nos danos causados vão custar R$ 39 mil

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Moradores do Jardim Basilicata, em Sumaré, vizinhos da construção de um empreendimento de duas torres de apartamentos, dizem estar vivendo momentos de tensão e transtornos devido a incidentes envolvendo a obra na região. Os vizinhos da obra estão revoltados por causa da “chuva de pedras” que atinge as residências com frequência. As casas também apresentam trincas e rachaduras. Eles relatam que as obras continuam e que a construtora descumpre a decisão judicial que ordenou a suspensão da construção.

“Não é só a minha casa que está danificada, tem outras também. Não sei se é recente a defesa que a construtora alegou na reportagem, mas nós moradores aqui não temos segurança por parte deles não. Estamos tendo vários inconvenientes em relação a isso. Não tinha nenhuma tela de proteção para evitar esse tipo de situação. Depois que meu advogado fez algumas denúncias, que estão começando a colocar. As pedras atingem os telhados, o quintal”, disse a atendente Paula Bueno, de 41 anos.

A moradora disse que as “chuvas de pedras” não têm horário. “Não tem horário não, às vezes é logo cedo, durante a tarde. Além do susto por causa do barulho das pedras caindo no telhado, a sujeira, a falta de respeito por parte da obra, temos crianças, na casa vizinha tem pessoas de idade. Na parte dos fundos onde fica a parte danificada da casa, não se pode nem ficar no quintal, porque há preocupação de acertar uma pedra em alguém”.

O morador Carlos Tank classificou a situação como “complicada” e disse que agora a construtora começou a colocar telas de proteção. O advogado dos moradores José Carlos de Camargo afirma que a construtora descumpre “sistematicamente” as decisões judiciais que suspenderam as obras.

LAUDO

Conforme o Tribuna Liberal mostrou na terça-feira (29), laudo da perícia judicial apontou que problemas estruturais como trincas e rachaduras em imóvel na região do Jardim Basilicata, onde é construído um empreendimento residencial, formado por duas torres de 12 andares, nos fundos das casas, foram causadas pela construtora responsável.

Entre as patologias encontradas estão trincas, rachaduras, manchas por umidade, infiltrações, falhas na cobertura, afundamentos e danos nos sistemas hidrossanitários do imóvel. O valor para reparo dos danos verificado pela perícia é de R$ 39 mil. O laudo fez análise com base em imóvel instalado na rua das Palmeiras, no Jardim Basilicata. O imóvel passou a registrar danos estruturais após o início das obras de construção do empreendimento residencial pela Basilicata Incorporação de Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA.

OUTRO LADO

Questionada, a construtora informou que “segue à disposição dos litigantes e seus advogados na tentativa de uma conciliação”. “Como até o momento a parte contrária optou pela via processual, a construtora está se defendendo nos autos, além de zelar pela segurança da obra e dos imóveis vizinhos, enquanto aguarda uma posição definitiva da Justiça sobre o caso”, disse.

“A Sousa Araujo reforça que atua há 15 anos no mercado, período em que já entregou mais de 20 mil unidades habitacionais, sempre prezando pelo bom relacionamento e transparência com os vizinhos de suas obras”, completou a construtora, em nota. 

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