Hortolândia vai tirar casas de apoio a moradores de rua da área central
Abrigo da Vila Real e casa de passagem do Remanso Campineiro
serão transferidas para outros pontos da cidade; Aciah aponta furtos e intimidação
de clientes
Atendendo a solicitação da Aciah (Associação Comercial e Industrial de Hortolândia), a Prefeitura de Hortolândia vai remanejar dois abrigos que atendem pessoas em situação de rua da área central da cidade. O motivo, segundo a entidade que representa os lojistas, é o aumento no número de furtos no comércio pela grande concentração de moradores de rua nos principais pontos do comércio.
Em reunião realizada na última segunda-feira (22) entre representantes da Aciah e da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social de Hortolândia, os lojistas expuseram a necessidade de iniciar um trabalho junto aos moradores de rua. Um dos principais assuntos em pauta foi a questão da frequência que lojas no Centro vêm sendo furtadas por moradores de rua, causando enormes prejuízos ao empresário local.
“A entidade é favorável às políticas públicas de assistência social, porém, contrária à manutenção de abrigos e casa de passagens próximo a áreas que possuem concentração de comércio, seja ela no Centro, região do Amanda e Rosolém”, informou a Aciah. Outra situação levantada pelos representantes dos lojistas foi a questão da esmola e da concentração dos moradores de rua em pontos de esquinas e semáforos, “onde os mesmos causam intimidação junto aos empresários e à própria população em circulação, ao realizarem abordagem pedindo dinheiro e comida”.
De acordo com a Aciah, algumas ações pontuais foram definidas na reunião e um outro encontro será agendado em breve entre os órgãos, com convite a demais pastas da prefeitura, como Saúde, Segurança Pública, Polícia Militar, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Promotoria Pública, para que, em conjunto, possam elaborar uma força-tarefa para conter a questão dos inúmeros furtos ocorridos na cidade, além de um estudo de políticas para ressocialização de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Segundo a Prefeitura de Hortolândia, entre as sugestões apresentadas pela Aciah e já em andamento pela administração está a mudança do abrigo da Vila Real para uma chácara afastada no limite do município de Hortolândia/Sumaré no prazo de no máximo de duas semanas, e o estudo da procura de um local novo para a casa de passagem do Remanso Campineiro, esse um pouco mais burocrático no momento, por conta de locação e disponibilidade de imóvel para esse fim por parte dos proprietários do prédio.
Também serão viabilizadas a proposta da confecção de uma cartilha e panfletos de combate à mendicância, que será elaborada pela Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social, com apoio da Aciah, para divulgação e distribuição, e a disponibilidade de telefones para suporte e canal de apoio ao empresário para questão dos moradores de rua.
Participaram da reunião, representando a Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social, o secretário Francisco Raimundo da Silva, Jesus Costa, diretor de Desenvolvimento Social, e Claudia Maria de Melo, gerente e assistente social.
Pela Aciah, participaram o presidente da entidade, Renato Figueiredo, diretor Almir Julio Grizante, e Cleber Marola, da área comercial e SCPC/Boavista, e a convite os empresários Hélio Bispo (Helinho Auto Center), Lilian Pansani (O Especialista Portas e Batentes), Daniel (Imobiliária Sid Imóveis) e Roberto (Lanchonete Copo Sujo).
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