Hortolândia entra em estado de emergência por alto risco de incêndio, avisa Defesa Civil
Previsão para toda a região vale até a próxima sexta-feira
(23), devido à baixa umidade relativa do ar para o interior do Estado de São
Paulo
Da Redação | Tribuna Liberal
Ao menos até a sexta-feira (23), Hortolândia estará em
estado de emergência, o mais alto índice da escala, por risco de incêndio
elevado em toda a região. O fenômeno acontece em razão da baixa umidade
relativa do ar no interior do Estado de São Paulo. O aviso da Coordenadoria
Estadual de Proteção e Defesa Civil foi publicado no Boletim Meteorológico do
Núcleo de Gerenciamento de Emergências desta segunda-feira (19).
“Para o período entre segunda-feira (19) e sexta-feira (23),
os dias serão marcados pelo risco de incêndio elevado, devido à baixa umidade
relativa do ar para o interior do Estado de São Paulo. Já no sábado (24), a
passagem de uma frente fria, criará uma maior oferta de água na atmosfera, o
que deixará o risco para incêndios mais baixo”, informa o documento.
Ainda de acordo com o boletim, nesse período, os dias serão
de sol entre poucas nuvens, o que produzirá sensação de calor e abafado, com
temperaturas máximas superando os 31°C na quarta (21), quinta (22) e sexta (23)
e 34°C no sábado (24). Nesta terça-feira (20/08), medições do Ciagro (Centro
integrado de informações agrometeorológicas) mostrou a URA de Hortolândia
variando entre 61,6% às 6h e 28,7% às 12h.
A prefeitura informou que está atenta aos informes e tem
adotado medidas para evitar queimadas e focos de incêndio. Em junho passado, a
Administração Municipal aderiu à ‘Operação São Paulo Sem Fogo 2024’ e faz um
cuidadoso acompanhamento da qualidade do ar, por meio da Defesa Civil
Municipal. É que o tempo seco favorece o surgimento de ocorrências assim, que
agridem a natureza e afetam a saúde das pessoas, sobretudo quando a URA
(Umidade Relativa do Ar) cai muito.
A URA é um índice que diz respeito ao “quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta: sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente, em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa, quando a temperatura diminui (orvalho)”, informa, em seu site oficial, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da cidade de São Paulo.
RISCO À SAÚDE
Segundo alerta a Secretaria de Segurança, à qual está
vinculada a Defesa Civil Municipal, a falta de chuvas e a baixa umidade do ar
podem desencadear diversos problemas que afetam o meio ambiente e a saúde das
pessoas. Entre eles estão: complicações alérgicas e respiratórias devido ao
ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele;
irritação dos olhos; eletricidade estática em pessoas e equipamentos
eletrônicos e aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.
FISCALIZAÇÃO ATENTA
Durante a ‘Operação São Paulo Sem Fogo 2024’, que vai ao
menos até setembro, a fiscalização ambiental é intensificada. No município, a
prática de queimadas é crime e, como tal, sujeita a penalidades e multas,
conforme está previsto em leis municipais.
A população pode ajudar denunciando pelo número 193, do
Corpo de Bombeiros, ou pelo aplicativo Agenda Verde, que pode ser baixado no
celular, a partir das plataformas Google Play ou App Store. A identidade do
denunciante é mantida em sigilo.
SERVIÇO
Confira os estados a partir da medição da URA:
Até 30%
Estado de Observação
• Acompanhamento dos índices da URA.
Entre 30 e 20%
Estado de Atenção
• Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas;
• Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas
molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc;
• Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc;
Entre 20 e 12%
Estado de Alerta
• Observar as recomendações do estado de atenção;
• Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
Abaixo de 12%
Estado de emergência
• Emissão de Alerta e acionamento do Plano de Ação;
• Observar as recomendações para os estados de atenção e de
alerta;
• Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre
entre 10 e 16 horas.
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