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Greve dos servidores do INSS completa 40 dias e segue sem prazo para acabar

Nesta terça-feira (3) foi realizada uma rodada de negociações em Brasília; nesta quarta e quinta-feira novas conversas estão previstas

A greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) completa 40 dias e continua por tempo indeterminado em todo o país e na região. Somente nesta terça-feira (3) a direção do instituto iniciou as negociações para tentar encerrar o movimento grevista, que também atinge a região.

O diretor do Sinsprev e da Fenasps (Sindicato de São Paulo e Federação Nacional dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social), Cristiano dos Santos Machado, participou da primeira rodada de negociações com a direção central do INSS ontem à tarde. Outra reunião está prevista na manhã desta quarta-feira (4) e uma terceira reunião no Ministério do Trabalho e Previdência, na quinta-feira (5). O Ministério da Economia também participará das tratativas.

Na região, a agência do INSS de Sumaré está com atendimento parcial, inclusive das perícias, mas todos os servidores do setor administrativo aderiram ao movimento grevista, informou Cristiano. As agências do Instituto no bairro Amoreiras, em Campinas, em Indaiatuba e Hortolândia estão fechadas, em razão da adesão total, informou o diretor.

A categoria reivindica 19,99% de reajuste para reposição das perdas inflacionárias. Os sindicalistas reivindicam a realização imediata de concurso público para preenchimento de 23 mil vagas para servidores, para suprir esse deficit no instituto, para tentar sanar “a situação catastrófica”, em que se encontra, com milhão de perícias médicas atrasadas e dois milhões de processos para concessão de aposentadorias e outros benefícios parados. “O caos no INSS é por falta de servidores”, ressaltou o diretor do Sindicato estadual e Federação. A categoria também quer a colocação em prática de um plano de carreira para valorização profissional.

Segundo Machado, não há uma estimativa de quantos processos ficaram represados durante o movimento grevista. Inclusive, a diretoria da Federação solicitou esses dados para traçar um planejamento de reposição dos dias parados.

A última greve da categoria ocorreu em 2015. Antes mesmo da greve, já havia 1,8 milhão de processos de concessão de benefícios represados, segundo Machado, por escassez de mão de obra. A categoria também reivindica modernização do sistema de informática, que estaria “obsoleto”.

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