Geral
Contratada pela Prefeitura de Sumaré demitiu funcionárias que reclamaram de salário atrasado

Funcionárias de terceirizada da prefeitura que reclamaram de atraso nos salários são demitidas em Sumaré

Colaboradoras que denunciaram atrasos recorrentes no pagamento de salários e benefícios foram dispensadas pela empresa; “Eles simplesmente mandaram a gente embora porque reclamamos”, desabafou uma das ex-funcionárias

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Funcionárias da empresa Omega Alimentação e Serviços Especializados, contratada pela Prefeitura de Sumaré para fornecer merenda escolar na rede municipal, afirmam terem sido demitidas após denunciarem atrasos recorrentes no pagamento de salários e benefícios.

“Eles simplesmente mandaram a gente embora porque reclamamos”, desabafou uma das ex-funcionárias que não quis ser identificada. Ela e outras colegas de trabalho haviam se manifestado contra os atrasos em entrevistas e reportagens. Segundo outra ex-colaboradora, também demitida, houve represálias diretas. “A empresa mandou todas que comentaram (na reportagem) embora. Eu era cozinheira da empresa Omega, e reclamamos do atraso de salário e vale-refeição. Fomos dispensadas”, lamentou. Ela disse, porém, ter recebido o salário da empresa.

A empresa Omega, do Grupo Nutriplus, mantém um contrato de R$ 34,9 milhões com a Prefeitura de Sumaré, com validade de 12 meses, para executar serviços contínuos de merenda escolar, incluindo o preparo e fornecimento de refeições, logística e manutenção de equipamentos. O contrato prevê o fornecimento de mais de 75 mil refeições mensais, com custo unitário entre R$1,89 e R$5,70, dependendo do cardápio.

Apesar de a prefeitura afirmar que realiza os repasses à empresa dentro do prazo legal – estipulado em até 28 dias após a apresentação da nota fiscal – funcionárias relataram recentemente atrasos frequentes nos pagamentos. As funcionárias disseram que os constantes atrasos dificultam o planejamento financeiro das trabalhadoras, que enfrentam adversidades para honrar compromissos básicos como aluguel, água, luz e alimentação.

Além disso, as funcionárias criticaram os contratos intermitentes, alegando que essa modalidade precariza a relação trabalhista. O caso ganhou repercussão após denúncia ao jornal Tribuna Liberal, que motivou o acompanhamento do tema pela Câmara Municipal de Sumaré. A Prefeitura de Sumaré, ao ser questionada, reafirmou que realiza os pagamentos regularmente e dentro do prazo. Já a empresa não se manifestou sobre a situação. 

Deixe um comentário