Festa da Primavera celebra primeiro aniversário da Apae em Hortolândia

• 24/09/2022

Entidade cuida de 80 jovens e adultos com deficiência intelectual e busca recursos financeiros para iniciar atendimento a crianças de 0 a 6 anos de idade no município

Beth Soares|Hortolândia

No dia 15 de setembro do ano passado, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) iniciava suas atividades em Hortolândia. Um ano depois, a entidade é reconhecida por fazer a diferença na vida das 80 pessoas com deficiência intelectual que recebem os cuidados da associação. Tudo gratuito. Com o objetivo de celebrar a data e arrecadar recursos financeiros para ampliar o atendimento, além de criar serviços, a entidade realiza, neste domingo (25), a 1ª Festa da Primavera.

O evento será na sede da entidade, localizada na Rua José Carlos Pace, nº 35, Jd. Santa Rita de Cássia, a partir das 11h. Haverá praça de alimentação, música ao vivo e show de prêmios de até R$ 1 mil entre as pessoas que adquirirem a cartela de bingo.

De acordo com a coordenadora da Apae Hortolândia, Milene Maciel Godoy, 42 anos, a festa será aberta à comunidade. Os recursos financeiros arrecadados no evento serão utilizados para os projetos em desenvolvimento pela entidade. Além de assistência social, a APAE oferece serviços de educação especializada, saúde, prevenção, trabalho, profissionalização, defesa e garantia de direitos, esporte, cultura, lazer, dentre outros. Segundo Milene, para realizar o trabalho sem fins lucrativos, a Associação conta com um grupo de 25 colaboradores, além de voluntários que atuam na realização de festas, eventos e campanhas.

Os recursos financeiros e parcerias próprios são responsáveis por 88% da receita da entidade, informa a coordenadora. Os 12 % restantes são provenientes do Fundo Municipal de Assistência Social. Atualmente, a entidade funciona em um prédio alugado, com salas de atendimento, secretaria, cozinha, banheiros e quadra coberta.

A Apae Hortolândia, assinala Milene, também gerencia a Residência Inclusiva, um serviço da Prefeitura que, explica a coordenadora, oferece abrigo para jovens e adultos com deficiência intelectual ou múltipla sem condição de autossustentabilidade e retaguarda familiar. Todos os custos da Residência Inclusiva são bancados pelo poder público.

Entre os principais projetos da entidade para um futuro próximo está a busca de recursos financeiros para criar o serviço de atendimento a crianças de 0 a 6 anos de idade que necessitam de estimulação precoce na área de saúde. Atualmente, são atendidos somente adultos a partir dos 18 anos.

Outro desafio é aumentar o número de adultos com deficiência intelectual atendidos na área de assistência social. De acordo com Milene, 39 pessoas estão na lista de espera por atendimento e 48 famílias esperam pela implantação dos serviços infantis.

CCART, O INÍCIO

Para a Apae Hortolândia nascer foi preciso o CCART (Centro de Convivência, Aprendizagem, Reabilitação e Trabalho) - que atuava há 22 anos no município no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e múltipla -, pedir autorização à Federação Nacional das Apaes para se transformar em uma unidade da Associação.

Integrar a rede APAE facilitaria a busca de parcerias públicas e privadas para ampliar o atendimento e as atividades realizadas pelo então centro de convivência, já que a associação é reconhecida pela excelência no cuidado e reabilitação de pessoas com deficiência intelectual.

O processo de mudança precisou do trabalho de muitas mãos. O vereador Clodoaldo Santos da Silva (MDB) é um dos representantes do poder público que apoiou o projeto desde o início. “Junto com a diretoria do antigo CCART ajudamos a preparar e articular a transformação da entidade em uma Apae. A união faz a força para agir em prol dos que mais precisam. A criação da Apae em Hortolândia foi um passo importante para o atendimento às pessoas com deficiência. Há um ano, vivemos um momento histórico em nossa cidade que, agora, faz parte da rede de Apaes”, comemora o vereador.

Entidade é reconhecida como porto seguro para alunos especiais e familiares

Fernanda Cachanco Ferreira Rocha, 39 anos, tem diagnóstico de esquizofrenia. Sua mãe, dona Eliete Cachanco Ferreira, 61 anos, destaca a importância dos serviços da APAE-Hortolândia na melhora da qualidade de vida da filha, que frequenta a entidade duas vezes por semana.

“A Apae é mega importante para as pessoas especiais. Lá elas recebem alimentação, fazem atividades, passam por psicólogo. A Fernanda entrou em 2003, quando ainda era o CCART e, desde então, melhorou muito. Faz atividades manuais, educação física, mexe na internet, passa por psicólogo. A entidade é muito importante para Hortolândia e merece um espaço físico maior”, descreve Eliete.

Artesanato, pintura, musicoterapia, educação física especial, atendimento psicológico. Esses são os serviços utilizados por Vanessa Cássia Faria, 36 anos, que tem paralisia cerebral não progressiva. “A Apae é a concretização de um sonho. Há anos, a cidade, a diretoria do antigo CCART vinham lutando pela conquista da APAE para ampliar o atendimento a pessoas especiais em Hortolândia. Confiamos no atendimento oferecido aos nossos filhos. Então, a Apae é de suma importância para o município e, para nós, pais dessas bênçãos que Deus colocou nas nossas vidas”, valoriza Sebastiana Costa Faria, 59 anos, mãe de Vanessa.  

SERVIÇO

Como fazer doação para a Apae Hortolândia?

Transferência bancária

Banco do Brasil

Agência: 6983-3

Conta: 29064-5

PIX - CNPJ: 01.196.808/0001-59

Mais informações: (19) 3887-2733

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