Família de autônomo morto a facadas apresenta nova versão para o crime e pede justiça
Segundo familiares, ataque começou quando a esposa de seu
ex-cunhado iniciou agressões verbais contra a vítima, chamando-o de ‘safado’ e
‘vagabundo’; filho adotivo foi o autor
Beto Silva | Tribuna Liberal
A família de Reinaldo Pereira da Silva, autônomo de 52 anos,
morto brutalmente a facadas no dia 31 de agosto, no Jardim Minezotta, em
Sumaré, apresentou uma nova versão para o crime, diferente da registrada no
boletim de ocorrência. Reinaldo foi assassinado ao chegar em sua residência,
por volta das 19h, após descer de sua caminhonete Hilux para abrir o portão de
casa.
Segundo o relato da família, o ataque começou quando a
esposa de seu ex-cunhado iniciou agressões verbais contra a vítima, chamando-o
de ‘safado’ e ‘vagabundo’. Sem entender o motivo dos xingamentos, Reinaldo se
aproximou da mulher para questionar o porquê das ofensas. Nesse momento, o
ex-cunhado da vítima e o filho adotivo de Reinaldo, de 25 anos, sobrinho do
ex-cunhado, se aproximaram. De acordo com a nova versão, o filho adotivo de
Reinaldo teria desferido um golpe fatal com uma faca em seu pescoço, sem dar
qualquer chance de defesa.
Após ser gravemente ferido, Reinaldo teria sido atirado ao
chão, onde foi brutalmente agredido com chutes no rosto e na cabeça. Mesmo já
caído e pedindo por socorro, o agressor teria desferido múltiplos golpes de
faca no corpo do autônomo, resultando na sua morte no local. Segundo a família,
as agressões foram registradas pelas câmeras de segurança do imóvel, que foram
entregues à polícia.
O autor do crime foi preso em flagrante e levado à delegacia
para prestar depoimento. No boletim de ocorrência, ele confessou o assassinato,
mas alegou legítima defesa, afirmando que houve uma luta corporal entre ele e
Reinaldo, versão que a família da vítima nega categoricamente. Segundo os
familiares, não houve nenhum tipo de confronto físico entre os dois, e tanto o
ex-cunhado quanto a esposa presenciaram toda a cena sem intervir.
Segundo a família, Reinaldo trabalhava como eletricista e
encanador, ‘era uma pessoa conhecida por sua integridade’. Natural do norte de
Minas Gerais, ele morava no Jardim Minezotta há mais de 20 anos. Amigos e
vizinhos sempre o descrevem como um homem trabalhador e correto.
Até o momento, a Polícia Civil já prendeu cinco pessoas
relacionadas ao crime, que continua sob investigação. A família de Reinaldo
disse que busca justiça, pedindo que todos os responsáveis pela morte sejam
julgados e punidos com o rigor da lei. “Queremos justiça para que os culpados
sejam responsabilizados e essa tragédia não passe impune”, afirmam os
familiares.
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