Entregadores da região fazem paralisação por 48h e querem melhores condições de trabalho
Da Redação | Tribuna Liberal
Motoboys da região que atuam no setor de entregas por
aplicativo decidiram participar de um protesto nacional entre esta segunda (31)
e terça-feira (01) em busca de melhores condições de trabalho e reajustes nas
tarifas pagas pelos serviços prestados. O movimento, denominado “Breque
Nacional”, prevê a interrupção temporária das atividades de entrega por 48
horas.
Segundo organizadores, o objetivo principal não é afetar
restaurantes ou consumidores, mas chamar a atenção para a relevância do
trabalho desempenhado pelos entregadores e a necessidade de melhorias na
remuneração e nas condições laborais.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia
(Amobitec) afirmou que respeita o direito de manifestação e declarou que as
empresas associadas mantêm diálogo com os trabalhadores. O movimento busca
conscientizar tanto os entregadores quanto a sociedade sobre a importância da
valorização dos profissionais do setor e pressionar as empresas a adotarem
políticas mais justas.
“Cerca de 800 motoboys de Sumaré, Rio Claro, Americana e
Campinas, entre outras cidades da região, se mobilizam para uma paralisação de
48 horas, de 0h do dia 31 de março a 23h59 de 1º de abril. A manifestação, que
visa um reajuste nas taxas cobradas pelos aplicativos de entrega, pretende ser
pacífica e abranger diversas regiões do país. Os profissionais já detalharam as
ações previstas para as cidades mencionadas. A concentração principal ocorrerá
em frente a grandes fornecedores do iFood, como duas importantes redes de fast
food da região. No entanto, há preocupação com a possibilidade de outros
aplicativos, incluindo plataformas locais, manterem seus serviços durante a
paralisação”, afirma a organização.
Segundo organizadores, amparados por um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e o iFood, que garante o
direito de manifestação dos entregadores, os motoboys estudam medidas judiciais
contra aplicativos concorrentes que não aderirem às reivindicações.
“A principal reivindicação é a fixação de uma taxa de
entrega de R$ 2,50 por quilômetro rodado, acrescida de R$ 12,50 por hora
trabalhada, ou um valor mínimo de chegada entre R$ 60 e R$ 75
(independentemente do horário)”, afirmam.
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