Dados da ANA que colocam duas barragens de Sumaré em risco são de 2019, afirma BRK
Relatório da Agência Nacional de Águas classifica estruturas
em condições de dano, mas concessionária do serviço de água e esgoto do
município afirma que áreas estão seguras
As barragens Horto Florestal, no Jardim Paulistano, e Marcelo Pedroni, no Parque Franceschini, ambas de Sumaré, estão em categoria de risco e dano potencial. O alerta é feito pela Agência Nacional de Águas em relatório divulgado no início da semana, que informa o panorama das barragens pelo país.
O documento elenca 12 barragens no Estado de São Paulo em situação de risco, entre elas as duas de Sumaré. No entanto, a BRK, concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto da cidade, lembra que os dados são de 2019.
As barragens classificadas como mais preocupantes não necessariamente apresentam risco de rompimento, de acordo com a ANA. A Prefeitura de Sumaré, no entanto, diz estar atenta, assim como a BRK.
Em nota, a Administração Municipal reforça que realiza ações preventivas nas barragens e áreas ambientais. “Essas barragens passam periodicamente por inspeção da Defesa Civil Estadual, em conjunto com a Municipal, a fim de identificar e sanar possíveis desgastes. Nos períodos mais chuvosos, o acompanhamento é diário, verificando sempre as condições estruturais das barragens”, cita a Prefeitura, que acrescenta: “Além disso, a concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto na cidade realiza manutenção preventiva e corretiva dos espaços, que são outorgados por ela. Ademais, as Secretarias Municipais de Sustentabilidade e Defesa Civil implantaram uma Comissão de Acompanhamento, que vistoria e faz o monitoramento de toda e qualquer ação e espaço que pode gerar impacto ambiental.”
A BRK reforça a posição da Prefeitura. “Os dados citados no levantamento da ANA são referentes ao ano de 2019 e, portanto, não estão atualizados”, afirma a concessionária. “Desde então, a BRK já realizou uma série de melhorias e investimentos que garantiram ainda mais segurança para as estruturas citadas.
A concessionária mantém um Plano de Segurança de Barragens, programa que conta com inspeções periódicas, técnicos especializados, sistema informatizado de monitoramento em tempo real dos níveis das barragens e pluviométrico, projetos executivos e planos para situações de emergência. Essa plano traz ainda um pacote de obras de melhorias que terão início ainda neste ano.”
De acordo com dados técnicos do relatório divulgado pelo ANA, as barragens de Sumaré apresentam CRI e DPA altos. A Categoria de Risco tem foco na estrutura da unidade e considera características técnicas, estado de conservação do empreendimento e atendimento ao plano de segurança da estrutura. Já a categoria de Dano Potencial Associado foca na área afetada ao redor do empreendimento, de acordo com potencial de perdas de vidas humanas e impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da ruptura da barragem.
No Brasil, a agência classificou 187 barragens como mais preocupantes. A fiscalização nas unidades visa assegurar o comportamento adequado de empreendedores quanto ao cumprimento da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).
BRK conclui obra na represa do Horto I e beneficia 80 mil moradores
Com o objetivo de aumentar a capacidade de armazenamento de água da represa do Horto I, a BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto de Sumaré, concluiu uma obra de desassoreamento no local. A represa é um dos mananciais responsáveis por enviar água bruta para a ETA I - Estação de Tratamento de Água, localizada na Vila Menuzzo e que abastece 30% da cidade.
A obra, que teve início em outubro de 2021, envolveu quatro etapas: dragagem, desaguamento, transporte e destinação. Elas foram executadas simultaneamente e, no total, foram feitos seis ciclos considerando tais etapas.
A dragagem consiste em retirar os resíduos da represa e colocar em “piscinas” que são chamadas de células. Nelas, é feito o desaguamento do resíduo com o auxílio de polímeros que facilitam o processo para separar a água do material sólido retirado da represa. Após o desaguamento, é feito o transporte e a destinação desses resíduos para um aterro sanitário controlado.
O desassoreamento tem como principal objetivo melhorar a qualidade da água da represa, além de garantir um aumento da capacidade de armazenamento de água bruta, proporcionando mais segurança hídrica para o município em períodos de estiagem.
Durante a intervenção, foi feita a remoção de lixos e detritos grosseiros da represa, o que contribui para a redução de entupimentos e manutenções no sistema de captação.
“Além disso, com a obra foi possível aumentar em 158% a capacidade de armazenamento de água bruta da cidade”, explica Rodrigo Zangirolami, gerente de operações da BRK. Com a conclusão da obra, 80 mil moradores foram beneficiados.
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