Cooperativa de recicladores de Nova Odessa vai ganhar novo galpão e equipamentos
Da Redação | Tribuna Liberal
Está em fase de limpeza e adaptações um novo galpão para
abrigar os integrantes da Coopersonhos (Cooperativa de Serviço e Produção de
Materiais Reutilizáveis e Recicláveis de Nova Odessa). Situada no Parque
Industrial Fritz Berzin, a nova sede da cooperativa de recicladores é um apoio
da prefeitura ao trabalho, como parte do Programa Recicla Junto – uma parceria
entre município, Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, do qual Nova Odessa é a
cidade-sede) e iniciativa privada.
Nas últimas semanas, o local vem passando por uma limpeza inicial, promovida por equipes da prefeitura, sob a supervisão do secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos, Matheus Grolla Martins. Em breve, o prédio deve receber as adaptações necessárias para instalação de equipamentos específicos para o trabalho de reciclagem que completam o galpão e serão oferecidos pela Consimares e Grupo Ambipar.
Atualmente, a Coopersonhos funciona em um barracão do Jardim
Conceição. Fundada no início dos anos 2000, a cooperativa sempre recebeu apoio
do município; atualmente a prefeitura cede caminhão e motorista para auxiliar
no trabalho dos recicladores. São cerca de 20 cooperados atuando no trabalho de
reciclagem.
RECICLA JUNTO
Segundo o Consimares, o principal objetivo do Programa Recicla Junto é reduzir o consumo e a destinação inadequada de plásticos e, assim, contribuir para a preservação do meio ambiente. Com população estimada em quase um milhão de habitantes, as 7 cidades do Consórcio – Nova Odessa, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré – geram em média, diariamente, 650 toneladas de resíduos, dos quais 25% são plásticos.
A região atendida recicla atualmente cerca de 4% de todo o
lixo que produz (acima da média nacional, que é de 2%). Mas o potencial é de
até 25%. Apenas em Nova Odessa, são cerca de sete toneladas de plásticos indo
para o lixo todos os dias. Daí a importância de ampliar e modernizar as
cooperativas existentes, bem como fomentar a criação de novas cooperativas.
Misturado ao lixo orgânico, são encontradas muitas garrafas
PET e sacolinhas de supermercado, por exemplo – resíduos que levam mais de 400
anos para se decompor. Quando não vão para os aterros, esses resíduos são
descartados de modo irregular em ruas, praças e terrenos baldios. Com a chuva,
são arrastados para os bueiros e, assim, chegam aos rios e oceanos.
“Trabalhamos firme para ampliar esse percentual (de
reciclagem). O plástico, quando descartado de modo inapropriado, polui os rios,
os oceanos, ameaça a vida marinha e contamina o solo, prejudicando a biodiversidade”,
observou o superintendente do Consimares, Mimo Ravagnani. Para mudar essa
realidade, o Consimares trabalha no fomento de cooperativas de reciclagem para
ampliar a coleta seletiva no território.
De acordo com o superintendente, todas as ações do Programa
Recicla Junto seguem as recomendações do Pigirs (Plano Intermunicipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos), em conformidade com as diretrizes do Planares
(Plano Nacional de Resíduos Sólidos).
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