Com pandemia sob controle, famílias se juntam para comemorar o Dia das Mães

Neste ano, data será celebrada com população vacinada e sem restrições sanitárias como isolamento social e uso de máscara

Mais gente reunida, vacinada contra a Covid-19 e com direito a abraços apertados. Assim será o primeiro Dia das Mães na região, após o período crítico da pandemia. Se em 2020 e 2021, a comemoração ficou suspensa pela ameaça do coronavírus, neste ano, as comemorações vão reunir mães, filhos, avós e netos para aquele almoço especial em casa ou em restaurantes. Graças à vacinação da população, a Covid-19 dá uma trégua e as restrições sanitárias, como isolamento social e uso de máscaras, deixaram de ser obrigatórios. Boa notícia para a aproximação das famílias e também para os restaurantes, que esperam faturar até 30% a mais neste Dia das Mães, comparado ao mesmo período do ano passado (veja reportagem nesta página).

A advogada Lanna Vaughan Romano, 37 anos, mãe do Derick, 4, vai reunir a família em casa, incluindo a avó de 94 anos. “Sempre fazemos um almoço especial para comemorar. Nos anos anteriores, por causa da pandemia, realizamos um almoço mais privado, apenas com minha mãe Minnie Lee, os filhos e seu único neto, o Derick”, conta a moradora de Sumaré.

Lanna recorda dos tempos difíceis da pandemia e o sofrimento ao ter que privar o filho do convívio com outras crianças. “Apesar de fazermos muitas atividades ao ar livre, como plantar árvores frutíferas, fizemos uma horta, passamos a ter novamente o contato com a terra, ainda assim faz falta para a criança ter o contato com outras crianças da mesma idade”, relembra Lanna.

Mãe de quatro filhos e avó de três netos, Maria Alice Nascimento da Silva, 46 anos, moradora de Hortolândia, está feliz em poder retomar o tradicional almoço do Dia das Mães que ela sempre prepara na casa da mãe, no Distrito de Souza. Neste ano, Maria Alice, o marido, os filhos e os netos vão poder abraçar dona Maria Lucia, um carinho que a pandemia impediu nos últimos dois anos.

“Nos outros anos, não teve comemoração. Fui lá com meu marido levar um presente, mas de máscara, para proteger minha mãe. Neste ano, como todos estão vacinados, iremos sem máscara, mas, com cautela e responsabilidade tendo a certeza que estamos bem com a nossa saúde”, comemora a berçarista, que teve a filha caçula, Ana Beatriz, 15 anos, contaminada pela Covid-19, o que ampliou ainda mais a preocupação da família com a doença.

Na casa da bióloga Sarah Lee Vaughan Vulcani, 38 anos, mãe do James e da Amy, a comemoração ainda será bem reservada para proteger os filhos que ainda não podem receber a vacina contra o coronavirus. “Vamos comemorar com um almoço em família, algo bem intimista, somente com minha mãe, irmã, cunhado e sobrinhas. Como tenho duas crianças que ainda não puderam se vacinar, um bebê de oito meses e uma menina de três aninhos, prefiro não arriscar”, pondera a moradora do Parque Versalles, em Sumaré.

Sarah conta que deixar Amy em casa, com ensino remoto, longe dos amigos, foi o maior desafio como mãe durante a fase crítica da pandemia. “Tive que me virar para entretê-la e explicar o motivo de não sairmos mais. Acho que até hoje ainda sinto receio de sair, levar uma vida normal, pois ainda não temos a vacina para os mais pequeninos”.

FAMÍLIA PRESENTE

A educadora ambiental Neide Donizete Izidoro Martins, 60 anos, mãe de Claudio, 26 anos, e Ana Paula, 25, comemora o controle da pandemia e o fim do isolamento social. “Nos anos anteriores, a comemoração foi bem restrita, somente com os filhos e marido. Antes da pandemia, era um dia de festa, onde toda família estava presente e todos podiam se abraçar tranquilamente. Esse é primeiro Dia das Mães pós-pandemia, com mais familiares presentes e com grande satisfação do retorno ao convivo social, no entanto, alguns cuidados prevalecem”,  afirma.

RESTAURANTES ESPERAM FATURAR 30% A MAIS 

Muitas mães vão almoçar fora neste domingo para celebrar a data com a família. Com isso, os restaurantes esperam faturar até 30% a mais comparado ao mesmo período do ano passado, quando a pandemia ainda obrigava as pessoas a terem cautela com a interação social. A estimativa é da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), com atuação em 50 cidades da região de Campinas e interior do Estado.

De acordo com a Associação, o número da Regional Campinas supera capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, que estimam crescimento de 15%. O otimismo do setor, avalia a entidade, deve-se ao fim das restrições de capacidade, existentes no ano passado, pela retomada do público aos restaurantes nos últimos meses, já verificado em finais de semana normais e o avanço da vacinação no Estado.

Segundo Matheus Mason, presidente da regional Campinas da Abrasel, a expectativa do setor para este ano é bastante positiva, especialmente para as casas que trabalham com espaço grande e atendimento a famílias.

“O Dia das Mães é uma data significativa para o nosso setor, pois é um dia que as famílias saem para comemorar e ela só fica atrás do Dia dos Namorados”, explica Mason.

O presidente da unidade regional da Abrasel observa que o movimento nas casas já vem aumentando gradativamente desde janeiro, com a confiança dos consumidores pelo aumento da vacinação. “Este Dia das Mães será o primeiro sem restrições de capacidade, o que eleva ainda mais nosso otimismo”, conta.

Eduardo Porto, diretor de Marketing da Rede Vitória Hotéis, dona de restaurantes como Bellini, Kindai, em Campinas, Vitorino (Paulínia) e (Indaiatuba), a expectativa para este final de semana é alta, aumentando o fluxo com a retomada.

“Nas datas comemorativas já sentimos um fluxo muito alto e para este Dia das Mães deverá se manter acima do movimento do ano passado e até de 2019”, afirma.

O Restaurante do Romeu, com unidades em Sumaré e Hortolândia, famoso pela tradicional picanha na tábua, também está otimista com o movimento no Dia das Mães. “Nossa expectativa é muito boa. Vamos dar um brinde para as 100 primeiras mamães que vierem ao restaurante”, resume a proprietária Cristina Flores.

A dona de casa Cicera da Silva, 73 anos, moradora de Hortolândia, vai almoçar num restaurante com os filhos e netas para celebrar o Dia das Mães. “Graças a Deus esse ano a gente pode fazer isso porque estamos vacinados”, agradece.

FUNSOL REÚNE MÃES NO PARQUE DOROTHY PARA CELEBRAR A DATA 

Em Hortolândia, o Funsol (Fundo Social de Solidariedade) programou uma tarde de sábado especial no Parque Irmã Dorothy para comemorar o Dia das Mães. O “Encontro de Mães” incluiu música, prática de zumba, aula de dança sertaneja e diversas outras atividades gratuitas. Pelo menos 2 mil pessoas eram esperadas no local, segundo o Funsol.

“Ficamos praticamente dois anos sem realizar grandes atividades por conta da pandemia da Covid-19. Hoje, graças à vacina, superamos esse momento tão difícil e, gradativamente, estamos retomando as atividades presenciais. O Dia das Mães é um momento muito especial em nossas vidas e nada mais do que justo prestar essa homenagem a essas mulheres, que além de ser a base familiar, trabalha e ajuda a nossa cidade a se desenvolver”, afirmou a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Maria dos Anjos, por meio da Assessoria de Imprensa.

Em Sumaré, a Prefeitura realizou uma semana especial de serviços em celebração ao Dia das Mães, em várias regiões da cidade, com ações de qualidade de vida, saúde, beleza, orientação e oferta de exames de mamografia

Deixe um comentário