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Represa do Horto Florestal, um dos mananciais de Sumaré - Foto: Divulgação

Chuvas de setembro aliviam efeitos da estiagem, mas acumulado do ano segue abaixo da média em Sumaré

Mananciais de captação de água do município, que chegaram a ficar em estado crítico, tiveram aumento da vazão, mas, segundo a concessionária BRK, a condição do abastecimento na cidade ainda é de atenção

O mês de setembro trouxe chuva acima da média para Sumaré, melhorando as condições do Rio Atibaia e das represas Horto I, Horto II e Marcelo, mananciais de captação de água do município, que chegaram a ficar em estado crítico por conta do longo período de estiagem vivenciado em toda a região. No total, foram 64 milímetros de chuva no mês, de acordo com dados da rede pluviométrica do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável por medir o volume de chuvas em todo o Estado de São Paulo, e de equipamentos instalados nas captações. Porém, no acumulado de janeiro a setembro, foram 671 milímetros, volume 14% abaixo da média histórica do município para o período. Em julho, por exemplo, foram só 7 milímetros de chuva na cidade.

A BRK, responsável pelos serviços de água e esgoto em Sumaré, esclarece que, apesar das vazões dos mananciais terem se elevado, a condição do abastecimento no município ainda é de atenção. “A chuva aliviou os efeitos da estiagem e ajudou a elevar a vazão dos mananciais, mas ainda temos um caminho pela frente para a plena recuperação”, destaca o gerente de operações da concessionária, Rodrigo Zangirolami.

“Além dos níveis dos rios e represas, há outros importantes aspectos que precisam ser considerados neste momento, como a recarga do lençol freático e a qualidade da água fluvial. Com a retomada das chuvas é bastante comum a ocorrência de poluição difusa, ou seja, aquela formada por poluentes transportados com as chuvas pelos rios, que dificultam o processo de tratamento”, explica Zangirolami. Ele informa ainda que, especialmente no caso do Rio Atibaia, essa é uma condição bastante comum.

Vale destacar ainda, que a plena recuperação dos mananciais de captação também depende da necessidade de recarga do lençol freático que, para tal, se faz necessário primeiramente saturar o solo, que estava bastante seco, e a vegetação para, assim, contribuir com o processo de recarga do lençol freático.

“Quanto mais seco o solo estiver, maior o volume necessário de água infiltrada para saturar, ou seja, para encharcar o solo de modo que o excedente infiltre e atinja as camadas inferiores do subsolo”, detalha o gerente.

A BRK segue reforçando a necessidade de se manter o consumo consciente, sem desperdícios de água. “É importante que todas as pessoas se mantenham atentas ao consumo de água. Estamos vivenciando mais um ano atipicamente mais seco e, apesar das recentes chuvas, precisamos nos manter focados num consumo consciente e sem desperdícios até a plena recuperação de nossos mananciais”, reforça o gerente.

Para informações sobre as condições dos mananciais de Sumaré, dados relacionados ao volume de chuvas na cidade, orientações para a prática de um consumo mais consciente de água e um detalhamento das principais ações da BRK para o enfrentamento da atual estiagem, acesse www.jogandojuntopelaagua.com.br.

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