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Ciclo de capacitação aconteceu na sede do Instituto de Promoção do Menor de Sumaré

Capacitação de profissionais da assistência social fortalece proteção de crianças e adolescentes

Evento reuniu representantes do Conselho Tutelar, do CMDCA e profissionais da Prefeitura de Sumaré; formação contou com a expertise do grupo de estudos e capacitação – Neca

Da Redação | Tribuna Liberal

Entre os dias 20 e 22 de agosto, a sede do IPMS (Instituto de Promoção do Menor de Sumaré) foi palco de uma importante capacitação voltada ao fortalecimento da proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O evento reuniu representantes do Conselho Tutelar, do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e profissionais da rede direta e indireta de serviços e programas da Prefeitura de Sumaré, conduzidos pela Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social. A formação foi realizada em parceria com a OSC SOFIC (Sociedade de Filantropia Comunitária), contando com a expertise do Neca, um renomado grupo de estudos e capacitação.

O foco da capacitação foi o aprofundamento no conhecimento da Lei da Escuta Especializada (13.431/2017) e da Lei Henry Borel (14.344/2022), ambas recentemente incorporadas ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Essas leis são essenciais para aprimorar as práticas de proteção à infância, estabelecendo diretrizes para a condução de entrevistas e o atendimento de vítimas de violência.

Segundo Patrícia Pavan Martinelli, secretária municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, a capacitação de profissionais na área de assistência social é crucial para enfrentar a violência contra crianças e adolescentes, pois permite uma abordagem mais eficaz e sensível, além de garantir que esses profissionais estejam preparados para oferecer suporte adequado e promover a proteção integral dos jovens em situação de vulnerabilidade.

A lei da Escuta Especializada, de 2017, define o procedimento de entrevista com crianças e adolescentes vítimas de violência, realizado por órgãos da rede de proteção municipal. A escuta é limitada ao estritamente necessário, visando sempre à proteção da vítima. Já a Lei Henry Borel, promulgada em 2022 após o trágico caso do menino Henry Borel, ampliou as ações de rede para assegurar a integridade física e psicológica de crianças e adolescentes.

Durante o ciclo de capacitação, 40 profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), incluindo assistentes sociais, psicólogos, professores, pedagogos e advogados, participaram das atividades. A formação também pretende articular a criação de um comitê municipal intersetorial, visando aprimorar os fluxos de identificação, notificação e atendimento às vítimas de violência.

O objetivo final do projeto é que, em um ano, o trabalho iniciado se consolide, garantindo a corresponsabilidade entre os serviços que compõem o sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes em Sumaré. O compromisso é que toda suspeita ou confirmação de maus-tratos seja prontamente comunicada ao Conselho Tutelar, conforme determina o artigo 245 do ECA.

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