Câmara aprova novo parcelamento de dívidas da prefeitura com o Ipremor
Da Redação | Tribuna Liberal
Com 12 votos favoráveis e um contrário, a Câmara de Monte
Mor aprovou o projeto de lei de autoria do Poder Executivo que autoriza a
prefeitura a “firmar acordo de parcelamento da dívida mantida junto ao Ipremor
(Instituto de Previdência Municipal de Monte Mor). A votação foi realizada em
reunião extraordinária nesta segunda-feira (16).
Com o texto, o Executivo fica autorizado a realizar “o
parcelamento dos débitos oriundos das contribuições previdenciárias devidas e
não repassadas pelo município (patronal) ao Regime Próprio de Previdência
Social, das competências de janeiro a dezembro de 2024, inclusive 13º salários,
em até 60 prestações mensais, iguais e consecutivas”.
O projeto também proíbe que seja realizado o parcelamento
“de débitos oriundos de contribuições previdenciárias descontadas dos segurados
ativos, aposentados e pensionistas e de débitos não decorrentes de
contribuições previdenciárias”, nesse mesmo período. E inclui o FPM (Fundo de
Participação do Município) como garantia do pagamento das parcelas.
Na Justificativa do projeto, o prefeito Edivaldo Brischi
(PSD) afirma que a medida, que visa à “regularização das pendências do
município”, está devidamente autorizada em portarias do Ministério da Previdência
Social. O chefe do Executivo ainda ressalta que o parcelamento não abrange “os
débitos relativos às contribuições descontadas dos servidores” públicos.
“A aprovação desse projeto é essencial para regularizar as
finanças do nosso município ao Ipremor, assegurando o equilíbrio financeiro e
previdenciário”, disse a vereadora Andrea Garcia (PSD), manifestando-se
favorável ao PL e recomendando a sua aprovação pelo plenário. A parlamentar
atuou como relatora da propositura, e leu seu parecer, na sessão.
Em comentário, Adilson Paranhos (MDB) destacou que o atual
prefeito sempre criticou gestões anteriores, por terem deixado dívidas do
município com o Instituto de Previdência. Ele também destacou que a votação do
PL consiste num “esforço em conjunto para viabilizar o futuro governo, para que
o futuro governo assuma sem ter essas dificuldades”.
Professor Fio (União) disse que “depois de muitas eleições,
a máscara cai”. E lembrou que, nos últimos quatro anos, Edivaldo Brischi
afirmava estar pagando “a conta do ex-prefeito”, mas não quitou débitos do seu
mandato junto ao Instituto. “Essa conta agora que nós estamos parcelando não é
do ex-prefeito”, relatou, citando que tais dívidas são “da atual gestão”.
Wal da Farmácia (PSB), que votou contra o projeto de lei do Executivo, disse que denunciou essa falta de pagamento, anteriormente; e que o prefeito incorre em “apropriação indébita” ao recolher valores dos servidores e não repassar ao Instituto. Já Vitor Gabriel (MDB) disse que o atual prefeito “cometeu todos os tipos de erro”; e recomendou a realização de auditoria na prefeitura.
HISTÓRICO
Essa não é a primeira vez que a Câmara aprova projetos para
autorizar o parcelamento de dívidas do município com o Ipremor. Em abril de
2021, por exemplo, o plenário aprovou duas propostas: uma relativo a dívidas
patronais de janeiro a dezembro de 2020, incluindo 13º salário e o outra sobre
“contribuições patronais das competências de outubro de 2014 a dezembro de
2020, unificando quatro acordos existentes para pagamento desses débitos em
única parcela”.
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