Câmara de Monte Mor aprova criação do Fundo de Saneamento Ambiental e Infraestrutura
Da Redação | Tribuna Liberal
Por 11 votos favoráveis e um contrário, a Câmara de Monte
Mor aprovou o projeto de lei da prefeitura que cria o FMSAI (Fundo Municipal de
Saneamento Ambiental e Infraestrutura). A votação foi realizada na sessão
ordinária desta semana.
Segundo a propositura, o órgão será “destinado a apoiar e
suportar ações de saneamento básico, ambiental e de infraestrutura”. E será
constituído de “repasses de recursos previstos no contrato de prestação de
serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário”, entre
outros.
A proposta prevê que os recursos do fundo deverão ser
aplicados em ações diversas, incluindo o custeio de obras e serviços relativos
a “intervenções em áreas de influência ou ocupadas predominantemente por
população de baixa renda, visando à regularização urbanística e fundiária de
assentamentos precários e de parcelamentos do solo irregulares” e a “limpeza,
despoluição e canalização de córregos”.
Na Justificativa da matéria legislativa, o prefeito Edivaldo
Brischi (PSD) afirma que os recursos “poderão ser utilizados como investimentos
necessários à universalização dos serviços públicos de saneamento básico”. Além
disso, acrescenta que “a criação do FMSAI serve para que o Município receba os
repasses da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)”.
Antes da votação, vereadores comentaram a matéria. “Esse
Fundo, sendo bem aplicado, pode mudar a realidade de Monte Mor”, afirmou
Paranhos (MDB), citando a previsão de investimentos em regularização
urbanística e fundiária de assentamentos carentes, assim como a manutenção de
córregos. Ele ainda destacou a possibilidade de fiscalização da aplicação dos
recursos públicos pelos órgãos competentes, no futuro.
Única a votar contra o PL, a vereadora Wal da Farmácia (PSB)
disse que o projeto é importante, mas não passou pelas comissões permanentes da
Câmara e nem obteve parecer técnico do Jurídico da Casa. Criticou, ainda, a
ausência de previsão da manutenção da tarifa social permanente para pessoas de
baixa renda, e destacou que a proposta deveria ser reenviada ao Poder
Legislativo no próximo governo, garantindo assim uma melhor discussão em
audiência pública e, também, mais transparência.
Professor Adriel (PDT) também lamentou a ausência de parecer
do setor jurídico da Câmara. O parlamentar afirmou, entretanto, que analisando
o PL e sua justificativa, reconhece que o Fundo é importante, por tratar de
questões de saneamento ambiental e infraestrutura, captando recursos
“independentemente da situação da Sabesp” – ou seja, se a empresa continuará
sendo pública ou se será privatizada.
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