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Moção foi aprovada pela Câmara de Sumaré na última terça-feira

Câmara de Sumaré aprova moção de repúdio a ato de racismo contra irmãos em shopping de Campinas

Os vereadores de Sumaré aprovaram, na sessão desta terça-feira (25), moção de repúdio ao ato de racismo registrado no quiosque de sorvetes do McDonald’s do Campinas Shopping. As vítimas foram duas crianças negras moradoras de Sumaré. 

O caso ocorreu na noite de domingo (23), quando o menino de 6 anos e a menina de 9 faziam um passeio com a avó materna. A moção de repúdio foi apresentada pelo vereador Alan Leal (Patriota), com coautoria do vereador Lucas Agostinho (União Brasil) e do presidente da Câmara, vereador Willian Souza (PT).

Conforme a moção, após jantar no shopping com as crianças, a avó foi até a fila do quiosque de sorvetes do Mc Donald’s. Ao chegar a vez de fazerem o pedido, o funcionário informou que o sorvete havia acabado. Diante disso, a avó foi até o quiosque do Bob’s, que fica próximo ao do concorrente. 

Enquanto aguardavam, uma das crianças percebeu que o atendente do quiosque do McDonald’s vendia sorvetes normalmente para outros clientes. A vó, então, retornou ao local e questionou ao funcionário o motivo de não ter vendido o produto para seus netos, se era pelo fato de serem negros. O atendente teria dado risada e não respondeu.

A avó fez contato com a gerente do estabelecimento, que repreendeu o funcionário, mas disse que teria sido um “mal-entendido” e ofereceu um voucher de alimentação para as crianças. A polícia foi chamada, mas o funcionário não estava mais no local no momento da chegada dos policiais. Um boletim de ocorrência foi feito.

A família das crianças esteve no plenário da Câmara para acompanhar a votação da moção de repúdio, que recebeu 17 votos favoráveis. “É muito dolorido escutar dos seus filhos que o vendedor não te vendeu um sorvete por conta da cor da pele. É desumano. Eu quero justiça”, declarou a mãe das duas crianças.

 “Sabemos que, embora a população negra seja maioria no Brasil, o racismo ainda é uma cruel realidade. Mas entender que ele existe não é suficiente. Por isso, deve ser combatido de todas as formas possíveis”, diz a moção.


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