Após 62 dias de greve, funcionários do INSS retornam ao trabalho nesta terça
Médicos peritos
também voltaram ao trabalho após 52 dias; fim da greve foi possível a partir de
acordo firmado nesta segunda-feira (23)
Após 62 dias de paralisação, chegou ao fim a greve dos
trabalhadores do Seguro Social que atuam nas agências do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social). A greve foi deflagrada no último dia 23 de março.
A paralisação afetou o atendimento aos beneficiários em todo
o país, inclusive, na Região Metropolitana de Campinas, como Sumaré e
Hortolândia. Os médicos peritos também retornaram ao trabalho nesta
segunda-feira (23), após 52 dias de paralisação.
Nesta segunda-feira foi assinado o Acordo de Greve de 2022
com as entidades representativas da categoria, o INSS e Ministério do Trabalho
e Previdência. O acordo foi assinado com o Comando Nacional de Greve da
Fenasps. Segundo a Federação, foi possível avançar nas pautas de reivindicações
diante da mobilização da categoria.
“O retorno ao trabalho será a partir 24 de maio de 2022.
Porém, a luta continua. A partir desta terça-feira, os representantes da
Fenasps iniciarão o processo de construção com o INSS do plano de reposição dos
dias de greve, com prazo para conclusão de sete dias”, informou a Federação, em
nota.
Segundo o representante da Federação na região de Campinas,
Cristiano Machado, em relação aos dias parados, será realizada uma nova reunião
nesta terça-feira, para definir um plano em nível nacional para toda categoria,
mas ainda não é possível informar o tempo para colocar o serviço em dia.
O prazo de reposição é até 30 de junho de 2023, mas muito
provavelmente boa parte vai repor antes do fim do prazo, informou o diretor da
Federação. Em relação ao reajuste, o governo não deu resposta formal para
nenhuma categoria do serviço público federal, explicou.
Os médicos peritos do INSS também encerraram a greve nesta
segunda-feira (23). A paralisação durou 52 dias. Os médicos se comprometeram em
repor os 52 dias parados e a trabalhar para reduzir o estoque de perícias não
realizadas durante a paralisação.
O anúncio do fim da greve foi feito após reunião entre o
ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e a Associação
Nacional dos Peritos Médicos Federais, na última sexta-feira (20). A categoria
comemorou o acordo que resultou no atendimento de 18 itens da pauta de
reivindicações.
Em transmissão pela internet, o vice-presidente da
associação, Francisco Eduardo Cardoso Alves, explicou o que ficou acertado em
relação ao reajuste salarial. “A questão do aumento tem uma condicionante: se o
governo for dar aumento linear para todas as carreiras do serviço público
federal, sem nenhuma exceção, a gente, obviamente, vai entrar nesse aumento
linear. Porém, se o governo quiser privilegiar uma ou outra carreira, que seja,
automaticamente nós vamos entrar nos 19,9% (de reajuste)”.
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