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Morte de Jorge Aparecido Delfino, de 64 anos, foi investigada pela Promotoria do Trabalho

Após morte de funcionário em Sumaré, empresa de sucatas firma TAC com MPT

Trufer Comércio de Sucatas fez acordo para pagamento de dano moral coletivo no valor de R$ 50 mil, instalar novo portão e realizar manutenção periódica na estrutura

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Meses depois da morte do trabalhador Jorge Aparecido Delfino, de 64 anos, prensado pelo portão de uma empresa de sucatas, em janeiro, em Sumaré, a Trufer Comércio de Sucatas LTDA firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT (Ministério Público do Trabalho) se comprometendo a pagar dano moral coletivo de R$ 50 mil, instalar novo portão e realizar manutenção preventiva e periódica, eliminando inclusive pontos de corrosão por oxidação na estrutura. A empresa deve pagar o dano moral coletivo em duas parcelas iguais, mensais e sucessivas de R$ 25 mil, segundo o acordo.

“De forma a manter condição de trabalho que não ofereça risco à saúde do trabalhador, a compromissária instalará novo portão de acesso a sua unidade em Sumaré-SP, com sistema automatizado, de acordo com Projeto apresentado junto a Vigilância Sanitária de Sumaré – SP, aprovado conforme Termo n.º 01/23/EAA, incluindo o cronograma para realização das adequações necessárias”, diz o TAC o qual a reportagem teve acesso.

O acordo determina que o valor seja destinado a entidades públicas ou particulares de caráter social e assistencial. “Após realização do depósito de cada parcela da multa objeto deste Termo de Ajustamento de Conduta, a compromissária deverá juntar o respectivo comprovante de depósito mediante peticionamento nestes autos, para ciência (...) caso haja atraso no pagamento do montante estipulado na presente cláusula, haverá incidência de multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor principal devido, ensejando execução forçada do presente Termo de Ajustamento de Conduta”, estabelece acordo assinado pela procuradora do Trabalho, Fabíola Junges Zani junto à empresa. O descumprimento das obrigações resultará na aplicação de multa de R$ 6 mil por cláusula descumprida.

Investigação

Em fevereiro, o MPT abriu inquérito civil contra a empresa para investigar a morte do idoso, que era funcionário terceirizado de uma empresa de segurança que ficou preso no portão do estabelecimento para o qual prestava serviço. A morte do idoso aconteceu no dia 26 de janeiro deste ano. A investigação foi conduzida pela procuradora Fabíola Junges Zani e oficialmente instaurada no início de fevereiro, logo após a morte da vítima.

Delfino morreu após ser atingido pelo portão da empresa, instalada na região de Nova Veneza. Na ocasião, o resgate do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas quando a equipe chegou ao local, o idoso já estava morto.

Segundo testemunhas, o portão teria apresentado problemas havia pelo menos dois meses, e ao cair em cima do trabalhador, acabou prensando o funcionário por conta do peso da estrutura. Desde o início, a empresa lamentou a perda do trabalhador e informou que colaborava com as autoridades locais para que as circunstâncias do acidente fossem esclarecidas. Disse ainda que prestou auxílio e amparo à família da vítima.

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