Educação
Estudantes Anne Markoff, Manuella Micucci e Laura Brilhante formam o grupo que defende o projeto

Quatro projetos da Etec de Monte Mor participam da Feira Virtual Stem Brasil

Ao todo, estudantes de Escolas Técnicas Estaduais classificaram 17 trabalhos; é possível visitar o site da mostra virtual e votar no projeto preferido até dia 18 de novembro

Beto Silva | Tribuna Liberal

Quatro grupos de estudantes da Etec (Escola Técnica Estadual) de Monte Mor estão com projetos selecionados para participar da Feira Virtual Stem Brasil 2024. Ao todo, a exposição conta com cerca de cem projetos de estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, de escolas públicas e particulares. A cerimônia virtual de premiação está prevista para 27 de novembro.

Os trabalhos foram desenvolvidos por meio da metodologia Stem (sigla em inglês para ciências naturais, tecnologia, engenharia e matemática). Os interessados podem visitar o site da competição (www.feira2024.stembrasil.org/registrar/VisitacaoVirtual), conhecer os trabalhos e votar na proposta preferida até dia 18.

PROJETOS CLASSIFICADOS

O grupo formado pelas estudantes Anne Markoff, Manuella Micucci e Laura Brilhant, sob a orientação do professor José da Silva defende o projeto ‘Absorção e Redução de Emissões de CO2 em Transportes’. Iniciado por três alunas do segundo ano do Ensino Médio, que notando as mudanças como o crescente agravamento do aquecimento global, passaram a questionar formas de ajudar o meio ambiente. Diante dessa problemática, o projeto visa desenvolver um filtro que possa ser aplicado em veículos para reduzir a emissão dessas substâncias nocivas.

“Primeiramente, estudamos materiais com ênfase em itens filtrantes de custo acessível. Com o apoio de nosso coordenador, desenvolvemos a teoria do projeto, focando na reação química entre o ferro e o CO2, que resulta na ferrugem e prende parte do CO2. Realizamos experimentos em laboratório para medir a eficácia dos protótipos na captura de CO2, testes prolongados para avaliar a durabilidade dos protótipos, incluindo testes de um dia e de uma semana, análise dos resultados com indicadores de CO2 e análise qualitativa e quantitativa dos resultados, revisão dos materiais filtrantes e da durabilidade dos protótipos. Obtivemos como resultado descoberta que mesmo sendo exposta diariamente ao CO2 a limalha consegue absorver bem este composto”, contam as estudantes.

O estudo ‘Alternativas de Reutilização do Poliestireno Expandido’ foi desenvolvido por Gabriella Turim, Karine de Oliveira e Bárbara Anjos, com orientação de José da Silva. A pesquisa avaliou a possibilidade de utilização do poliestireno expandido como material principal para a fabricação de telhas. O principal objetivo do projeto é avaliar a previsão e a efetividade da utilização do poliestireno expandido como matéria-prima na produção de telhas, com foco na análise de suas propriedades, custos e impactos ambientais, reduzindo o do uso de materiais tradicionais, como o cimento e o metal, que têm um alto impacto ambiental em sua produção e descarte.

“Realizamos o teste de resistência, o qual uma de nossas integrantes subiu em uma escada a uma altura de três metros, e soltou a telha ARP e uma telha convencional, a convencional quebrou assim que encostou no chão, já a telha ARP permaneceu intacta. No teste de impermeabilidade, pesamos a telha ARP que tinha 87 gramas, mergulhamos ela em uma bacia com água durante duas semanas, ao retirarmos, vimos que ela permaneceu com 87 gramas, já nos testes de barreira térmica e flamabilidade, colocamos a telha ARP e a convencional em contato com uma chama de fogo, a convencional teve um aumento de sete graus e demorou de dez a 20 minutos para retornar a temperatura ambiente, já a telha ARP, aumentou apenas dois graus e demorou dois minutos para retornar ao normal, comprovando a eficácia da ARP”, contaram os integrantes do grupo.

A criação da ‘Rede de Apoio Mental e Bem-estar Integrado’, foi o tema desenvolvido pelos estudantes Mirele Separovic, André Freitas, Lis de Carvalho e Mayk de Sá sob orientação de José da Silv e, Priscila Martin. O projeto visa desenvolver uma plataforma digital abrangente e integrada para promoção da saúde mental e bem-estar emocional.

A proposta é criar um ambiente online seguro, onde os usuários possam acessar recursos terapêuticos, orientação e apoio para enfrentar desafios emocionais e vícios. A abordagem multifacetada inclui chat comunitário, monitoramento de progresso e materiais educacionais. “Nossa meta inclui funcionalidades como um chat comunitário, ferramentas de monitoramento de progresso e materiais educacionais detalhados. A justificativa para o projeto é a crescente necessidade de conscientização sobre a saúde mental, a redução do estigma associado aos vícios e a facilitação do acesso a cuidados de saúde mental de qualidade para todos.

Foram realizadas entrevistas e questionários com especialistas e potenciais usuários para entender suas necessidades e desafios. O projeto está em fase de desenvolvimento, esperamos que a plataforma contribua significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos usuários”, relatam os pesquisadores. As alunas Isabella Turim, Bruna dos Santos e Clara Barbosa desenvolveram o projeto ‘Explorando as propriedades do carvão ativado proveniente do coquinho azedo em sistemas de filtragem, parte 2’, também sob a orientação do professor José da Silva.

O projeto apresenta resultados de uma pesquisa que avaliou a viabilidade da utilização do carvão ativado produzido a partir das sementes do coquinho azedo em conjunto com uma estrutura de filtro feita de filamento de PLA e vidro como materiais de filtragem para a água. O principal objetivo foi investigar a eficiência da combinação do coquinho, do filtro de PLA e do vidro na remoção de contaminantes presentes na água, além de avaliar sua viabilidade técnica e ambiental.

“Os resultados indicaram um aumento na capacidade de remoção de contaminantes da água, filtrando até cem Litros. Esta combinação permitiu um amplo contato com a água, facilitando a retenção de contaminantes de forma eficiente. Com base nos resultados promissores desta pesquisa, conclui-se que a utilização conjunta do carvão ativado produzido a partir do coquinho azedo e do filtro de filamento de PLA e vidro apresenta aptidão para ser utilizada na filtragem de águas contaminadas”, apontam as adolescentes.

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