Educação

Macris questiona ministro da Educação sobre política educacional do governo

Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11), o ministro da Educação Victor Godoy alegou não ter sido identificadas irregularidades na Pasta e diz que assinou ofício para a nomeação do pastor Arilton Moura - um dos denunciados por negociação no MEC - por indicação do então ministro Milton Ribeiro na época.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), autor do requerimento para os esclarecimentos do ministro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, considerou as respostas evasivas e não está convencido das explicações. Também criticou as ações no MEC serem notadamente ideológicas e não de programas aos estudantes.

“São cinco ministros em pouco mais de três anos. Todos tiveram uma atenção demasiada com discurso ideológico. Afinal, qual a política educacional desse governo?”, questionou.

O parlamentar também se referiu as metas do Plano Nacional de Educação. Indagou sobre o cumprimento da “educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica”, “elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres” e a atuação ao Plano Nacional de Educação Especial, para estudantes com deficiência.

Victor Godoy não aprofundou nos temas, respondeu que seu foco é combater a evasão escolar e a prioridade, na alfabetização, informou Macris. Nos questionamentos dos outros parlamentares sobre as denúncias em relação às intermediações de pastores no MEC e sobre o Kit Robótica no valor de R$ 26 milhões para escolas sem computador e água encanada, argumentou que ainda não foram identificadas irregularidades e que os kits não dependem de internet, são “kits pedagógicos”. “O MEC tem que pensar de maneira transversal.”

Diante do esquivo, o deputado Vanderlei Macris foi enfático. “O ministro é auditor de carreira de Finanças e Controle da CGU e atuou no ministério como secretário-executivo na gestão de Milton Ribeiro, exercendo a função de segunda autoridade no MEC. Portanto, deveria ter conhecimento de tudo o que ali se passava. Deveria prezar pela correição, prevenção e combate à corrupção, medidas que lhe foram atribuição e são pertinentes nos 16 anos de atuação na Controladoria-Geral da União, mas também em um dos mais importantes ministérios”. 

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