Escolas da região podem concluir votação de modelo cívico-militar
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Escolas estaduais de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa estão
participando de uma nova etapa de consulta pública para decidir sobre a
possível adoção do modelo cívico-militar de ensino. A primeira fase da votação,
realizada entre os dias 17 e 31 de março, não alcançou o quórum mínimo exigido,
o que levou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo a iniciar uma nova
rodada de votação, que acontece até esta quarta-feira (10). Participam da consulta
pais, responsáveis, alunos maiores de idade, professores e funcionários das
escolas envolvidas.
As instituições que demonstraram interesse pelo modelo e que
agora passam por essa nova consulta são a Escola Estadual Professora Maria
Ivone Martins Rosa, no Jardim Denadai, e a Escola Estadual Marinalva Gimenes
Colossal da Cunha, no Parque Jatobá, de Sumaré; Escola Estadual Professora
Silvania Aparecida Santos, do Jardim Santa Luiza, de Nova Odessa; Escola
Estadual Professora Conceição Aparecida Terza Gomes Cardinales, no Jardim
Amanda, e a Escola Estadual Yasuo Sasaki, no Jardim Santa Esmeralda, de
Hortolândia.
O modelo cívico-militar propõe uma gestão escolar
compartilhada entre civis e militares, com o objetivo de promover disciplina,
melhorar o desempenho educacional e fortalecer valores como civismo e respeito
à autoridade. A implantação depende da aprovação da comunidade escolar e da
obtenção de participação mínima prevista pelas diretrizes da Secretaria da
Educação. Se a nova votação atingir o quórum e a maioria dos participantes for
favorável, as escolas poderão começar a operar nesse formato já a partir do
segundo semestre de 2025.
MODELO EM SUMARÉ
Em 18 de março, a Câmara de Sumaré deu seu aval à proposta
do prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos), que institui o Programa Escola
Cívico-Militar nas escolas de educação básica do município. De acordo com as
diretrizes do Programa Escola Cívico-Militar, estão a melhora da qualidade do
ensino, conforme os indicadores oficiais; a administração eficaz da escola,
realizada conforme normas da Secretaria Municipal de Educação; e a promoção de
atividades extracurriculares que estimulem o desenvolvimento cívico dos
estudantes.
O programa servirá como um complemento às iniciativas
voltadas para o aprimoramento da qualidade da educação básica, sem que isso
resulte no fechamento ou na substituição de outros projetos educacionais já
existentes. As atividades cívico-militares extracurriculares incluídas serão
determinadas pela Secretaria de Educação.
De acordo com a proposta, a responsabilidade pela elaboração
dos atos normativos essenciais para a implementação e funcionamento do programa
ficará a cargo da Secretaria de Educação. O prefeito mencionou a possibilidade
de profissionais da segurança pública e das Forças Armadas colaborarem na
supervisão das escolas pertencentes à rede municipal.
A seleção das escolas que participarão do programa de
educação cívico-militar será realizada a partir de três critérios: a aceitação
da comunidade escolar por meio de consulta pública, os níveis de
vulnerabilidade social da localidade e os indicadores de fluxo e desempenho
escolar.
A equipe responsável pelas escolas cívico-militares será
constituída por um núcleo de gestão pedagógica e administrativa, que incluirá o
diretor da instituição e outros profissionais indicados pela Secretaria de
Educação, além de um núcleo de apoio disciplinar, formado por monitores
treinados pela secretaria.
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