Economia
a maioria das propriedades vendidas ficou situada na periferia das cidades pesquisadas

Vendas e locações de imóveis sofrem queda em agosto em Campinas e região, aponta Crecisp

Da Redação | Tribuna Liberal

O Crecisp (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) divulgou estudo recente que revela um cenário de queda nos mercados de venda e locação de imóveis em Campinas e região. O levantamento, referente ao mês de agosto de 2024, comparou os dados com o mês anterior, julho de 2024, e contorno com a participação de 92 imobiliárias das cidades de Americana, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba , Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, São João da Boa Vista,

No setor de vendas, o número de imóveis comercializados apresentou uma retração de 24,6%. As casas representaram 46% das vendas, enquanto os apartamentos somaram 54%. A maioria das propriedades vendidas ficou situada na periferia das cidades pesquisadas (48%), seguida pelas áreas nobres (32%) e regiões centrais (20%). Em termos de perfil, as casas vendidas eram, na sua maioria, de dois a três dormitórios, com áreas entre cem e 200 metros.

Em relação às modalidades de pagamento, 40% das vendas foram financiadas pela Caixa, 20% por outros bancos, 26,2% diretamente com os proprietários e 13,8% foram realizadas à vista. Nenhum imóvel foi vendido por meio de consórcios no período consolidado. O estudo também revelou que a média de valores das propriedades comercializadas ficou acima de R$ 500 mil.

O mercado de locações também registrou uma queda significativa de 44,1% no número de novos contratos contratados. Entre as locações efetuadas, as casas correspondiam a 65% dos contratos, enquanto os apartamentos somavam 35%. A faixa de preço mais procurada pelos inquilinos foi entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. Assim como nas vendas, os imóveis localizados na periferia foram os mais demandados (49%), seguidos por aqueles situados nas regiões centrais (26%) e nos bairros mais nobres (26%).

A garantia locatícia mais utilizada foi o seguro fiança, escolhida por 40% dos novos inquilinos, seguida pelo fiador, com 31,4%, e pelo depósito caução, com 25,7%. Uma pesquisa revelou ainda que 62,3% dos inquilinos que encerraram seus contratos em agosto buscaram aluguéis mais baratos, enquanto 19,7% mudaram para imóveis com valores mais altos. Outros 18% não informaram a razão da mudança.

O levantamento do Crecisp reflete uma retração no mercado imobiliário da região de Campinas em agosto, tanto nas vendas quanto nas locações. Essa desaceleração, após um mês de julho mais quente, evidencia um comportamento assustador e dinâmico do setor, impactado por fatores econômicos e pelas escolhas dos consumidores que buscam alternativas mais acessíveis para adquirir ou alugar um imóvel.

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