Região chega ao fim de 2023 pagando mais de R$ 876 milhões em impostos

• 29/12/2023

Moradores de Sumaré, Hortolândia, Monte Mor, Paulínia e Nova Odessa arcaram com valores milionários para governos municipal, estadual e federal, aponta Impostômetro

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Com o término de 2023 se aproximando, os moradores de Sumaré, Hortolândia, Paulínia, Nova Odessa e Monte Mor encaram a dura realidade de terem desembolsado uma expressiva quantia em impostos ao longo do ano. Segundo dados do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, a soma total de impostos pagos por moradores das cidades da região atingiu a marca de R$ 876,6 milhões. Em média, a região pagou R$ 2,4 milhões em tributos a cada 24 horas neste ano.

Os moradores de Sumaré desembolsaram R$ 233,2 milhões em impostos ao longo de 2023. Esse valor reflete a participação ativa da população no sustento das atividades governamentais e na manutenção de serviços públicos. A cidade de Hortolândia também contribuiu para esse montante, totalizando R$ 304,6 milhões em impostos pagos durante o ano. Esse valor destaca a importância da cidade na economia regional, uma vez que é a que mais pagou impostos entre os cinco municípios da região.

Paulínia atingiu a marca de R$ 234 milhões em impostos pagos ao longo de 2023. Os moradores de Nova Odessa contribuíram com R$ 54,7 milhões para os cofres públicos em forma de impostos. Com uma contribuição de R$ 50,1 milhões, os moradores de Monte Mor também colaboraram para o valor total arrecadado.

“É muito dinheiro, realmente, precisamos ver mais o retorno de tudo isso em nossas cidades e em nossa região, essa é a minha opinião”, disse Luan Oliveira, morador de Sumaré. “Moramos em uma região que é rica, mas ainda falta ver obras importantes acontecerem e um melhor atendimento principalmente na saúde”, opinou Tereza de Assis, moradora de Paulínia.

R$ 3 TRILHÕES

Neste Natal, o Impostômetro atingiu a cifra de R$ 3 trilhões em tributos federais, estaduais e municipais. Comparado ao mesmo dia de 2022, quando o Impostômetro registrava R$ 2,8 trilhões, o aumento de R$ 200 bilhões destaca a continuidade do crescimento dos tributos no país. Há uma década, no final de 2013, o painel indicava R$ 1,8 trilhão, revelando um aumento significativo ao longo dos anos.

Os recursos arrecadados são destinados a financiar diversas áreas governamentais, incluindo saúde, educação e segurança pública. No entanto, o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, destaca que a preocupação reside na alocação desses recursos, especialmente no que diz respeito aos gastos do governo federal.

Segundo Solimeo, a marca histórica de 2023 mostra que o problema fiscal não está relacionado às receitas, mas sim aos gastos excessivos. Ele alerta para os aumentos de tributação adotados pelo governo para cumprir as metas do “arcabouço fiscal” e ressalta a importância de medidas que visem a redução dos gastos públicos. O Impostômetro disponibiliza dados diários sobre a arrecadação, possibilitando que os contribuintes avaliem a utilização dos impostos pelos governos.