População de Sumaré e Hortolândia deve gastar R$ 21 bilhões em 2023
Municípios registram aumento na previsão de consumo e sobem
posições em ranking estadual; ambas as cidades estão entre as 37 com maior
poder de compra
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Com uma expectativa maior de consumo para 2023, os moradores de Sumaré e Hortolândia devem desembolsar, em todas as áreas, até dezembro deste ano, um total de R$ 21 bilhões. A projeção é do IPC Maps 2023 (Índice de Projeção de Consumo), divulgada neste mês.
Em Sumaré, o potencial de consumo da população passou de R$ 10,7 bilhões em 2022 para R$ 11,9 bilhões este ano. Aumento de 11,2%. As áreas que os sumareenses mais devem investir este ano são habitação, com R$ 3,2 bilhões, e veículo próprio, com R$ 1,3 bilhão.
Em Hortolândia, a expectativa de compra saltou de R$ 7,8 bilhões ano passado para R$ 9,1 bilhões agora. Alta de 16,6%. O comportamento dos hortolandenses é semelhante ao dos moradores de Sumaré. Eles projetam gastar mais com habitação e veículo próprio: R$ 2,5 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente.
As cifras colocam Sumaré e Hortolândia entre as cidades com maior poder de compra do Estado: Sumaré ocupa a 24ª posição e Hortolândia a 37ª entre os 645 municípios paulistas. Nacionalmente, Sumaré é a 81ª com maior projeção de consumo e Hortolândia a 118ª entre 5,5 mil municípios. Ambas as cidades ganharam posições no ranking de consumo. Hortolândia subiu quatro posições estaduais e Sumaré, três.
Com base na atual expectativa de alta do PIB (Produto Interno Bruto) em apenas 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022. Essa é a conclusão do IPC Maps 2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, a movimentação ainda é baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado, quando a economia se reergueu dos reflexos negativos da pandemia, somado aos repasses de valores significativos, por meio de programas sociais à população mais carente. “As benesses do então Governo Federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa renda”, avalia.
Por outro lado, o levantamento indica a ampliação em 5% do perfil empresarial no país, resultando em mais de 1 milhão de novas unidades nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness.
Outro destaque é a Região Sul que, devido ao processo de migração social, com uma quantidade maior de domicílios nas classes mais altas, recupera sua tradicional vice-liderança e ultrapassa o Nordeste no ranking de consumo entre as regiões brasileiras. “Enquanto a média nacional da evolução nominal do potencial de consumo é de 7,5%, no Sul esse número é de 9,4%, graças ao desempenho das classes A, B1 e B2 que apresentam uma elevação de, respectivamente, 19,7%, 13,6% e 20,4%”, explica o pesquisador.
O trabalho mostra, ainda, uma ligeira alta na participação das 27 capitais no mercado consumidor (de 29,07% para 29,08%), após anos de quedas consecutivas. Em ascensão, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 16,92%, enquanto o interior reduz sua presença para 54% no cenário nacional. Pazzini lembra que, de 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 3,5% no interior e 6,7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios. Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para locação, com preços inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma.
VEÍCULO
Já, quanto aos hábitos de consumo, esta edição da IPC Maps confirma a elevada despesa com veículo próprio, superando diversos setores, inclusive o de alimentação e bebidas no domicílio, em função, sobretudo, da crescente demanda por transportes via aplicativos e deliverys, tanto pelo consumidor, quanto pelos trabalhadores.
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