Economia
A 39ª Expoflora acontece de 2 a 25 de setembro, no Parque da Expoflora, em Holambra

Expoflora deve injetar R$ 40 mi no setor de bares e restaurantes em setembro

De acordo com a Abrasel, cerca de 230 mil turistas de todo Brasil devem circular pela região de Campinas de 2 e 25 de setembro, movimentando diversos setores da economia; setor hoteleiro é um dos mais otimistas

Maior evento de flores do Brasil, a Expoflora, em Holambra, interior de São Paulo, volta a ser realizada de forma presencial em 2022. A expectativa dos organizadores da feira é de que a 39ª edição receba cerca de 230 mil turistas de todo o Brasil de 2 a 25 de setembro, movimentando diversos setores da economia regional em um raio de 180 quilômetros. 

Somente o setor de alimentação fora do lar projeta um incremento de R$ 40 milhões nos bares e restaurantes ao longo do mês, segundo estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas.

Pelos cálculos da Abrasel Regional Campinas, cada visitante da feira deverá consumir um tíquete médio diário de R$ 90,00 com refeições em restaurantes ou gastos com bebidas, refrigerantes, lanches e salgados em bares de Holambra e cidades ao seu entorno, especialmente na Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Matheus Mason, presidente da Abrasel Regional Campinas, este cálculo foi feito com base no valor médio de gastos do setor. “O gasto pode aumentar se consideramos que um terço do público deverá permanecer mais de um dia na região, hospedando-se em hotéis e visitando outros estabelecimentos na região”, explica ele.

De acordo com Mason, a quantidade de pessoas presentes em feiras e eventos têm surpreendido após a retomada presencial, contribuindo para a recuperação da economia geral e, especialmente, do segmento de bares e restaurantes. “O público está em busca de agenda que ofereça algo diferente após dois anos de restrições e comparecendo em grande número, superando as estimativas iniciais”, acrescenta.

“A Expoflora é uma feira tradicional, que atrai turistas de todo o Brasil e que acaba movimentando o nosso setor de forma significativa, gerando renda e emprego temporário nos cerca de 14 mil estabelecimentos da RMC, para dar conta da demanda”, completa o presidente da Abrasel Regional Campinas.

Setor hoteleiro prevê movimento de valores entre R$ 110 mi e R$ 140 mi neste ano

O setor hoteleiro é um dos mais otimistas com o evento, uma vez que atrai turistas de todo o Brasil. “Um terço do público total do evento costuma estender a estada na região para visitar cidades turísticas, como Serra Negra, Lindoia, Águas de Lindoia e Socorro, e realizar turismo gastronômico em municípios mais próximos de Holambra, como Campinas, movimentando reservas em um raio de até 180 quilômetros de Holambra nos finais de semana e feriados”, explica Douglas Marcondes, diretor do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB), entidade de fomento do turismo regional.

Vanderlei Costa, presidente do Campinas Convention, destaca que, além do setor hoteleiro, a Expoflora impacta os negócios de mais de 40 segmentos econômicos, como transporte, segurança, recepção, sonorização e shows, dentre outros. “A Expoflora movimenta uma cadeia muito grande, gerando renda e empregos temporários nesta época do ano”, completa Costa.

Com base na última edição da Expoflora realizada em 2019, a entidade prevê um movimento de valores entre R$ 110 milhões e R$ 140 milhões neste ano, com reservas e consumos nos hotéis da região. “Esperamos a ocupação de 70% dos 5 mil leitos disponíveis na rede hoteleira regional para o mês de setembro nas categorias econômica e midscale (que oferecem serviços personalizados e que possuem identidade com a região onde estão inseridos)”, calcula Marcondes. “Este número poderá até surpreender para mais, pela experiência que estamos tendo com outros eventos regionais, com um público muito maior do que os esperados com esta retomada. A demanda reprimida está nos proporcionando positivas surpresas e expectativas bem favoráveis”.

Esta demanda maior na hotelaria também traz reflexos positivos na geração de empregos temporários. “Com o aumento das reservas, os hotéis são obrigados a buscar mão-de-obra temporária para serviços como arrumação, limpeza e conservação de apartamentos, atendimento, recreação e demais setores dos meios de hospedagem”, destaca o diretor de Hotelaria do CRC&VB. “Isso pode significar algo entre 200 e 300 empregos adicionais por final de semana durante o mês de setembro”, estima.    

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