Alimentação gera 233 empregos com carteira assinada na RMC
Entre as 20 cidades que formam a Região Metropolitana de
Campinas, 14 fecharam o mês com saldo positivo; Campinas teve saldo de 96
empregos, seguida por Hortolândia (31), Paulínia (26) e Sumaré (15)
Da Redação | Tribuna Liberal
Pelo sétimo mês consecutivo, o setor de alimentação na RMC
(Região Metropolitana de Campinas) apresentou saldo positivo de contratações.
Em agosto, bares e restaurantes e afins geraram 233 postos de trabalho com
carteira assinada, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados),
do Ministério do Trabalho divulgado nesta sexta-feira (27). No acumulado dos
oito primeiros meses do ano – janeiro a setembro -, o setor contabiliza um
total de 739 novas vagas criadas e a expectativa é um final de ano ainda com
mais contratações tanto de fixos como temporários.
Em agosto o setor de alimentação fora do lar teve um total de 3,199 mil admissões e 2,966 mil demissões. Entre as 20 cidades que formam a RMC, 14 fecharam o mês com saldo positivo. Campinas teve saldo de 96 empregos, seguida por Hortolândia (31), Jaguariúna (28), Paulínia (26) e Sumaré (15). Seis cidades fecham o mês no negativo: Holambra (-28), Santa Bárbara D’ Oeste (-4), Pedreira (-2), Itatiba, Morungaba e Santo Antônio de Posse (-1 cada)
André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes (Abrasel) Campinas vê como positivo os dados do Caged e diz que
eles refletem uma melhora do setor. “Dos oito meses do ano, tivemos sete de
saldo positivo e os números de agosto somente foram superados pelo mês de fevereiro,
quando o saldo foi de 444 postos com carteira assinada na Região
Metropolitana”, diz.
Mandetta também ressalta que em agosto a pesquisa mensal da
Abrasel trouxe notícias animadoras para o setor da região: o número de empresas
que operam com prejuízo caiu para caiu para 12%, ante 25% em julho. O índice
regional é inferior à média nacional, de 21%.
A pesquisa também revela que o índice de empresas que
conseguiram fazer lucro em agosto chegou a 57% (contra 42% na média nacional),
e 29% mantiveram equilíbrio financeiro (contra 36% na pesquisa nacional). A
pesquisa aponta, também que 2% dos empreendedores não souberam responder ou não
existiam em agosto de 2024).
Os dados refletem a melhora no movimento captada pelo índice
Abrasel-Stone, que registrou um crescimento de 4% em agosto, revertendo a
tendência de queda observada nos dois meses anteriores. O índice apresentou uma
melhora em 22 dos 24 estados analisados e, em comparação ao mesmo período do
ano passado, houve um aumento de 2%.
Tanto os dados do Caged como a pesquisa da Abrasel, segundo
Mandetta, mostram um cenário de recuperação e um quadro regional melhor se
comparado à média nacional. “A região de Campinas tem características
econômicas diversificadas, reforçada pela forte presença de turistas de
negócios, além da proximidade de São Paulo, que ajudam a dar uma dinâmica
diferente para o setor”, afirma. “Outro fator que contribui para essa
recuperação no faturamento e, consequentemente, nas contratações, é a
consolidação da Região Metropolitana como um dos mais importantes polos
gastronômicos do Estado”, acrescenta Mandetta.
A pesquisa da Abrasel também traz resultado sobre o
endividamento na região: 21% das empresas têm dívidas em atraso. Destas, 73%
devem impostos federais, 27% devem encargos trabalhistas e previdenciários, 27%
têm empréstimos bancários em atraso, 27% têm débitos com serviços públicos como
água, luz, gás e telefone, 19% devem impostos estaduais, 19% estão em atraso
com taxas municipais, 12% devem a fornecedores de insumos como alimentos e
bebidas, 12% têm débitos de aluguel, 12% devem a fornecedores de equipamentos e
serviços, e 4% estão em atraso com pagamentos de empregados.
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