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Sara Pinto é advogada, pós-graduada em previdência e tributário

Coluna Quebrando o Silêncio – Por Sara Pinto*

Vamos falar sobre o assédio sexual ?

Um tema que revela ainda ser tabu entre as pessoas, incredibilidade daquela que denuncia, e que, mesmo nos dias atuais, têm uma crescente, que afeta, absurdamente, a grande massa feminina.

O assédio sexual é uma realidade preocupante que afeta muitas pessoas em diferentes contextos, incluindo o ambiente de trabalho. Dados e pesquisas apontam que quase metade das mulheres já sofreu assédio sexual no trabalho, sendo que 15% delas chegaram a pedir demissão após o ocorrido.

É importante destacar que apenas 5% das mulheres recorrem ao departamento de Recursos Humanos das empresas para relatar casos de assédio, o que evidencia questões como impunidade, ineficiência de políticas internas e medo de retaliação.

Essas pesquisas revelam que o assédio sexual atinge mais mulheres negras e aquelas com rendimentos menores, com concentração de relatos nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Mesmo mulheres em posições hierárquicas mais altas, como gerentes e diretoras, não estão imunes ao assédio.

O silêncio e a sensação de impotência muitas vezes prevalecem, levando as vítimas a compartilharem o ocorrido apenas com pessoas próximas e, em alguns casos, optarem pela demissão. 

É fundamental promover a conscientização sobre o assédio sexual, incentivar ambientes seguros e acolhedores para denúncias, e implementar políticas eficazes de combate a essa prática.

O diálogo aberto e a solidariedade são essenciais para apoiar e proteger as vítimas de assédio sexual, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 

Se você conhece alguém nesta situação, ou já passou por isso, é importante que dê voz, não se cale, pois quem fez isso com você, ou com sua conhecida, pode estar fazendo com outra pessoa nesse momento.

Essa política de assédio está enraizada em quem pratica, e ele não vai parar enquanto ficarmos caladas!

É fundamental que você saiba que não está sozinha e que não precisa se calar diante do assédio sexual. Se você passou por uma situação de constrangimento, abuso ou violência, saiba que sua voz é poderosa e sua história é importante. Não permita que o medo e a vergonha te calem.

Ao falar sobre o assédio sexual, você não só se liberta do peso dessas experiências, mas também encoraja outras mulheres a se manifestarem e a buscarem ajuda. Sua coragem pode inspirar mudanças e contribuir para a construção de ambientes mais seguros e respeitosos para todas.

Denunciar o assédio é um ato de empoderamento e resistência. Não se cale por medo de retaliação ou por receio de não ser ouvida. Procure apoio em familiares, amigos, em organizações especializadas ou nos órgãos competentes.

Sua voz tem o poder de promover a mudança e de garantir que nenhuma mulher passe por situações de violência e desrespeito.

Lembre-se, você não é culpada pelo que aconteceu e merece ser ouvida, respeitada e amparada. Seja a protagonista da sua história e não permita que o silêncio te aprisione. Estamos juntas nessa luta por igualdade, dignidade e justiça.

Você é forte, você é valiosa e sua voz importa. Não se cale. Juntas somos mais fortes.

*Sara Pinto é advogada, pós-graduada em previdência e tributário, especializada em ciências políticas, criminal e previdência. Atuou como membro da Comissão de Direito Previdenciário e Caasp pela OAB. Foi superintendente do Instituto de Previdência de Americana.

Advogada junto VSP advocacia

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