Dica de Leitura: Os Últimos Dias De Um Cafetão Robô em Júpiter

Dica de Leitura: Os Últimos Dias De Um Cafetão Robô em Júpiter (Gilson da Cunha)

Editora: Saifers @saifers.br / https://www.saifers.com.br /Páginas: 4

Evelyn Ruani

Bibliotecária da Rede Sesi-SP e leitora compulsiva. Apaixonada por livros e palavras.

Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre o autor Gilson da Cunha e sua obra “Os Últimos Dias De Um Cafetão Robô em Júpiter” publicado pela editora SAIFERS.

Gilson Luis da Cunha (1965) é biólogo, doutor em genética e biologia molecular pela UFRGS, old school nerd, fã de literatura de ficção científica e cronista de cultura geek dos jornais do Grupo Sinos-RS. Começou a escrever em 1987, mas só pôde retomar a escrita em 2012. Participou das antologias Escreva-se: Antologia Universitária (Ed. Da UFRGS, 1987), Kaiju- Monstros Gigantes (Ed. Draco, 2016), e Guerras Chtulhu (Organizada por Maurício RB Campos, 2017), entre outras.

É autor de Onde Kombi Alguma Jamais Esteve, romance vencedor do prêmio o Argos 2020, do qual o presente conto é um prelúdio. Vive em Porto Alegre, RS, cidade onde nasceu, com sua esposa e sua filha, algumas pilhas de livros ainda por ler, uma cachorrinha dacshund e um número indeterminado de bonsais. Apesar de ser um aficionado do humor e discípulo de Douglas Adams, vez por outra aventura-se no drama. O conto A mulher que chora é uma dessas incursões.

Vem comigo conhecer um pouco mais sobre esse autor:

Como a literatura entrou em sua vida?

Sempre gostei de ler especialmente ficção científica. Nos anos 80, li um artigo de Isaac Asimov dizendo: “ se você não gostou do final, devia escrever sua própria história “ . Aceitei o desafio e comecei a escrever. Os primeiros resultados foram ruins, mas continuei escrevendo e ganhando experiência.

Você tem alguma rotina para escrever ou escreve quando surge oportunidade?

Infelizmente não tenho uma rotina. Escrevo quando é possível. E varia muito. Algumas vezes, um romance praticamente se escreve sozinho, partindo de uma ideia central. Em.outras, um conto pode exigir mais, já que é mais curto e sua trama precisa ser mais contundente.

Quanto tempo demora para concluir um livro?

Para mim leva algo entre três meses a um ano, dependendo de eu já ter ou não as tramas bem estabelecidas e personagens estabelecidos. Em geral, de seis a dez meses, se for uma história longa.

As histórias “se escrevem” sozinhas ou você pensa na trama inteira?

Algumas, muito poucas, se escrevem sozinhas. São aquelas mais movidas pela emoção, como em A Mulher Que Chora, meu conto ganhador do Prêmio Argos 2020. No momento trabalho num romance longo e que exige muita pesquisa, que é a continuação de Onde Kombi Alguma Jamais Esteve, meu romance vencedor na categoria narrativa longa no Prêmio Argos 2020.

De onde vem a inspiração?

Praticamente de toda a parte. “Onde Kombi Slguma Jamaus Esteve” veio de uma piada interna de um grupo de amigos. Nos reuníamos para almoçar aos sábados e um dia surgiu essa premissa: “ E se o incidente de Roswell, a mãe de todas as teorias da conspiração, não passasse de uma “armação “, um engodo para esconder um fato muito mais absurdo e constrangedor para as autoridades norte-americanas?

Quais são seus livros e autores/autoras favoritos?

Eu sou um grande fã de Arthur C. Clarke, Frederic Brown, Harry Harrison e Clifford D. Simak. No Brasil, gosto muito dos trabalhos de Jorge Luis Calife, Renato A. Azevedo, e também, de Maikel Rosa e outros colegas do SAIFERS, grupo de autores independentes do qual faço parte.

Tem planos para livros futuros?

Sim! Infelizmente as ideias surgem e se acumulam, dado que o tempo para colocar tudo no papel é escasso. No momento estou cuidando da edição de um prelúdio de Onde Kombi Alguma Jamais Esteve, um conto para uma antologia, dois trabalhos de não-ficção, sendo um uma biografia e o outro um livro de divulgação científica, e outras ideias que podem render contos e noveletas.

RESENHA

DIVERTIDO E ENVOLVENTE!

O Século é XXVIII, estamos numa lua de Júpiter chamada Ganimedes e um detetive robô, cínico e enferrujado, é contratado para investigar a suposta morte natural de um magnata humano. Blender é contratado pela filha do magnata que desconfia que o pai tem inimigos e em sua busca para encontrar a verdade, acaba sendo obrigado a rever seus próprios conceitos.

O conto traz toda a ambientação de um filme noir que somente uma narrativa bem estruturada poderia conseguir e nos envolve em diálogos rápidos e cheios de humor ácido, com personagens muito bem construídos, tornando impossível largar a leitura antes de descobrir toda a verdade. Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Gilson e já quer ler mais.

“A maior parte da raça humana trabalha quarenta horas por semana em empregos que odeia, só para pagar as contas. Nós, máquinas, cedemos uma parte de nossa liberdade em troca de energia e manutenção. Não somos assim tão diferentes”.

Blender, o detetive robô, já me cativou logo de cara com seu terno risca de giz marrom e chapéu Panamá, seu humor super ácido e suas engrenagens enferrujadas que carregam uma inteligência e perspicácia além da média. Sinceramente esse conto deveria ser apenas o começo de uma série de contos cybernoir maravilhosos e sim, já intimei o autor a fazer isso.

Como podem perceber, eu super recomendo a leitura!

Você encontra os contos e livros do autor no site da Amazon - www.amazon.com.br

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